O que poucos sabem, porém, é que a
Silent Hill retratada no filme “Terror em Silent Hill” (2006) foi
baseada, segundo o roteirista do filme, Roger Avary, numa cidade real
chamada Centralia, Pensilvânia, no nordeste dos Estados Unidos. Não só o
filme, mas também os jogos possuem muitas coincidências em relação a
esta cidade, como veremos.
Centralia, além de estar repleta de
histórias macabras, foi palco de uma grande tragédia, responsável por
destruir a cidade. Hoje, além de ser uma das cidades fantasmas mais
assustadoras e perigosas do mundo, não consta na grande maioria dos
mapas existentes.
Nesta matéria, trago para o nosso leitor
todas as informações sobre essa “Silent Hill real”, daquela maneira que
vocês já estão acostumados: juntando relatos de antigos moradores da
cidade, publicações antigas, pesquisas, — inclusive sobre acontecimentos sobrenaturais bizarros que farão você ter dúvidas se essa não é realmente a própria Silent Hill — livros e jornais; tudo para
descobrir o que aconteceu no local e trazer a melhor informação
possível. Preparado para uma viagem? Continue lendo.
Centralia
Fundação
Centralia localiza-se ao leste do estado
norte-americano da Pensilvânia, no condado de Columbia. A pequena vila,
criada em 1841, era conhecida como “Centreville” até 1865, quando
ganhou seu nome atual. A partir de 1866 estabeleceu-se, de fato, como
uma cidade, embora hoje se reconheça que a mesma foi fundada por Jony
Mustava em 24 de Agosto de 1875. Cidade que tinha um perfil industrial,
já que se instalou num local rico em carvão mineral, fazendo com que a
extração deste material por minas subterrâneas fosse sua principal fonte
de renda.
Assassinatos
Mesmo em sua mais tenra história,
Centralia já mostrava algumas ocorrências bizarras e misteriosas. Uma
delas refere-se às atividades criminosas de uma ordem secreta de
mineradores conhecida como “Molly Maguires” entre as décadas de 1860 e
1870. Talvez a mais icônica delas seja o assassinato do fundador da
vila, o engenheiro responsável por iniciar as atividades de mineração de
Centralia – Alexander Rea – nos arredores do município, em 17 de
Outubro de 1868. Três indivíduos foram condenados pelo crime e
enforcados na sede do condado de Bloomsburg, em 25 de março de 1878.
Vários outros assassinatos, sabotagens e incêndios criminosos também
ocorreram durante este período.
O grande incêndio de 1908
Um terrível incêndio atingiu área
comercial de Centralia nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, em 4
de dezembro de 1908. Ele transformou um bloco de edifícios num monte
fumegante de cinzas. Estimativas atualizadas estimam perdas de
propriedade equivalente a pelo menos US $ 900.000. O heroísmo dos
moradores de Centralia ao apagar o enorme incêndio, com poucos recursos
disponíveis, é destaque na mídia daquela época. A origem do incêndio
permanece um mistério. Uma teoria é a de incêndio criminoso, que teria
seu início num armazém desocupado do Sr. Fetterman, já que o mesmo diz
que não havia usado fogo no local por vários dias. Outra teoria aborda a
fiação elétrica imperfeita.
A tragédia de Centralia
A partir daqui é que a história de
Centralia ganha ares de filme de terror. A cidade cresceu até chegar a
quase 3000 habitantes e continuou com as atividades de mineração até a
década de 60, quando um acidente nas minas ocorreu. Em maio de 1962 o
conselho da vila contratou cinco membros voluntários da companhia de
bombeiros local para limpar o aterro da cidade, localizado em um antigo
poço das minas, ao lado do Cemitério Odd Fellows, no sudeste da cidade.
Nos anos anteriores, isso sempre era feito perto do “Memorial Day” (um
marco para homenagear os mortos em combates, quase toda cidade dos EUA
tem um desses), quando o aterro estava numa locação diferente.
No fatídico 27 de Maio de 1962, porém,
os bombeiros deixaram o fogo queimar os entulhos mas, ao contrário dos
anos anteriores, o fogo não foi apagado corretamente. Uma abertura não
selada do poço permitiu que ele espalhasse por todo o labirinto de
túneis da mina, continuando a queimar debaixo do solo. Um grande
incêndio subterrâneo, dificílimo de se apagar, espalhara-se por
Centralia e seus arredores. Casas e edifícios eram consumidos, a
vegetação definhava, nuvens de gás quente e venenoso eram vistas por
todo o local e o chão tornou-se instável, com grandes rachaduras se
abrindo.
Joan Quigley, em seu livro de 2007, “The
Day the Earth Caved In” (O Dia em que a Terra Cedeu), corrobora com
essa versão dos fatos. Ela observou que, em 04 de junho de 1962, haviam
dois incêndios no lixão, e que cinco bombeiros haviam apresentado
projetos de lei para “combater o incêndio na área do aterro”. O
município, por lei, teve que se responsabilizar pela instalação de uma
barreira de argila, resistente ao fogo, entre cada camada, mas a obra
atrasou-se, deixando a barreira incompleta. Isso permitiu que as brasas
penetrassem nos veios de carvão debaixo da cova e acender o fogo
subterrâneo. Além das atas do Conselho, Quigley cita “entrevistas com
bombeiros voluntários, o chefe dos bombeiros, funcionários do antigo
bairro, e várias testemunhas”, como suas fontes para essa explicação dos
eventos. A instalação de tubos para vazão dos gases venenosos e
tentativas de apagar o incêndio subterrâneo foram todas em vão e durante
as décadas de 60 e 70 o chão continuava a arder.
David DeKok, então reporter do The News-Item de Shamokin, Pensilvânia e estudioso do assunto, entre o final de 1976 e 1986 escreveu cerca de 500 reportagens sobre a mina em chamas. Ele assim descreveu a cidade em 1986, no seu livro “Unseen Danger: A Tragedy of People, Government, and the Centralia Mine Fire” (Perigo Invisível: Uma Tragédia de Pessoas, Governo, e o Fogo da Mina de Centralia): “Aquilo era um lugar onde nenhum ser humano poderia viver, mais quente do que o planeta Mercúrio, a sua atmosfera tão venenosa como a de Saturno. No meio do fogo, as temperaturas facilmente ultrapassam 540 graus Celsius. Nuvens letais de monóxido de carbono e outros gases saem das câmaras de pedra “.
David DeKok, então reporter do The News-Item de Shamokin, Pensilvânia e estudioso do assunto, entre o final de 1976 e 1986 escreveu cerca de 500 reportagens sobre a mina em chamas. Ele assim descreveu a cidade em 1986, no seu livro “Unseen Danger: A Tragedy of People, Government, and the Centralia Mine Fire” (Perigo Invisível: Uma Tragédia de Pessoas, Governo, e o Fogo da Mina de Centralia): “Aquilo era um lugar onde nenhum ser humano poderia viver, mais quente do que o planeta Mercúrio, a sua atmosfera tão venenosa como a de Saturno. No meio do fogo, as temperaturas facilmente ultrapassam 540 graus Celsius. Nuvens letais de monóxido de carbono e outros gases saem das câmaras de pedra “.
A escalada do problema
Todd Domboski e o buraco que se abriu no quintal de sua casa. Foto tirada poucas horas após o fato.
Em 1979, os moradores se conscientizaram da gravidade do problema quando John Coddington – dono de um posto de gasolina e, na ocasião, prefeito de Centralia – mediu a temperatura de um tanque subterrâneo e os resultados foram assombrosos 77,8º C! A partir de 1980, vários problemas de saúde foram reportados pela população, devido aos subprodutos do fogo, como monóxido de carbono, dióxido de carbono e uma insuficiência de níveis saudáveis de oxigênio. O problema de Centralia começou a ganhar fama por todo o Estado quando em 1981 o garoto de 12 anos Todd Domboski quase caiu em um buraco de 46 metros de profundidade por 1,2 m de largura que abriu-se sob seus pés, no quintal de sua casa, sendo salvo por seu primo de 14 anos, Eric Wolfgang. O vapor que saía do buraco foi analisado e continha um nível letal de monóxido de carbono. O garoto disse em depoimento se sentir como se estivesse caindo no inferno.
O fim de Centralia
Em 1984, após anos de tentativas
frustradas de se apagar o fogo, o governo do Estado da Pensilvânia
gastou 42 milhões de dólares para evacuar a população da cidade. Apesar
da diáspora em Centralia, algumas poucas famílias decidiram ficar na
cidade, mesmo com os avisos das autoridades da Pensilvânia. O governador
Bob Casey, em 1992, alegou perigo eminente em todas as propriedades no
município, condenando todos os seus edifícios. Um subsequente processo
dos moradores para ter essa ação revogada, falhou. No ano de 2002 os
Correios dos EUA revogaram seu código postal, 17927, e em 2009, o
governador Ed Rendell começou o despejo formal dos poucos residentes de
Centralia. Era o fim formal da próspera cidade de mineradores.
Conspiração
Centralia vive agora uma polêmica:
apesar de muitos moradores não acreditarem que o fogo seja uma ameaça
imediata, o governo insiste que a ameaça existe. Os poucos que ficaram e
desafiaram uma determinação judicial, alegam que o incêndio nunca se
espalhou pelos subterrâneos e o verdadeiro motivo por trás da
determinação do governo são as terras para mineração: eles acreditam que
tudo não passaria de uma conspiração para o governo obter acesso aos
milhões de dólares em carvão mineral que existem no subsolo. Após uma
tentativa frustrada em 1992, em maio de 2009 foi criada uma ação na
justiça, pelos moradores remanescentes de Centralia, para reverter a
decisão de 1992, mas foi rejeitada em março de 2011.
De certo modo, faz sentido. De acordo
com uma lei estadual, quando o município não pode mais formar um governo
municipal, isto é, quando não há mais moradores, a cidade deixa de
existir legalmente. Assim, os direitos sobre os minerais, que são de
propriedade do Município de Centralia, seriam revertidos como
propriedade do Estado da Pensilvânia.
Onde a coisa começa a ficar estranha
Silent Hill
A história diz que a Konami, em busca de um game para combater a série Resident Evil, saiu a procura de um bom enredo para concretizar o seu jogo. Centenas de enredos chegaram ao escritório da produtora, porém, nenhum agradou o produtor Keiichiro Toyama, que na sua ansia de derrotar a série da Capcom, iniciou uma saga pesquisando histórias de terror do mundo todo. Terminou por encontrar uma lenda de uma cidade dos EUA, chamada Centralia. Toyama, instigado, resolveu investigar mais essa sinistra história e enviou representantes da Konami dos EUA visitar as cidades vizinhas à Centralia, com objetivo de desmembrar esses impressionantes e assustadores relatos que ocorreram naquele lugar.
A investigação rendeu muitos frutos,
entre eles, um diário, comprado pela bagatela de 10 mil dólares de um
dos moradores do distrito de Ashland, J. S. Manson, um comerciante que
confessou ser de um parente desaparecido, morador de Centralia em 1960. O
diário era um caderno de capa dura de couro, bastante velho e
desgastado, com a inscrição “H. Manson” gravada no canto inferior direito
da capa.
O diário, segundo um dos membros da
Equipe de Toyama, (que preferiu ficar no anonimato para evitar um
possível processo), relatava histórias terríveis e assustadoras que
atormentaram toda a equipe de produção do game, até mesmo, os mais
incrédulos. Um pouco diferente da protagonizada por Harry no primeiro
game, o diário expõe as preocupações de um pai com sua filha menor
frente aos acontecimentos sinistros que estavam ocorrendo na cidade. O
diário ia de encontro com as lendas locais que a equipe da Konami
recolheu junto aos moradores das cidades que rodeiam Centralia.
De acordo com o Anônimo, ex-membro da
Konami, o diário tinha mais de 354 páginas datadas. Mais de 132 delas
eram apenas “acontecimentos rotineiros” que Manson registrava. O diário é
continuação de um outro diário ao qual eles não tiveram acesso. Tudo
muito tranquilo, até que algo de bizarro começa a acontecer na cidade e
então os elementos tão marcantes visto no Game começam a aparecer nas
palavras de Manson. O mais assustador, talvez, seja o escurecimento
repentino que ocorria na cidade e o que acontecia a seguir. Manson,
conta desesperado em uma das páginas que, em certo dia de Agosto de 1960
(17 ou 18 de agosto), a cidade simplesmente ficou completamente as
escuras, 11 e 45 da manhã. O Sol sumiu e os moradores não sabiam o que
havia ocasionado tal fenômeno. Manson era uma pessoa muito religiosa e
temeu o pior. Percebe-se em seu relato que o mesmo pensava que se
tratava do “fim dos tempos”. Agarrou sua filha e correu para dentro de
casa, permanecendo quase todo dia e noite dentro de um pequeno santuário
construído em uma das salas da sua casa. De lá, disse que ouviu gritos o
tempo todo e um grande temor pela sua vida e de sua filha. Quando a luz
do Sol surgiu novamente, Manson narra que saiu as ruas para verificar o
que ocorrera. Enfim, descobriu que muitas pessoas, entre eles vizinhos e
parentes simplesmente desapareceram.
As autoridades locais tentaram abafar o
caso, apesar da insistência de populares querendo explicações lógicas
para o evento. Depois disso, tal fenômeno começou a ocorrer com certa frequência, sendo que Manson sempre tomava as mesmas medidas: ao inicio
do escurecer, resgatava sua filha menor e corria para dentro do pequeno
santuário, ficando lá até a luz do Sol brilhar do lado de fora.
Manson fala, dias após o inicio desses
eventos, que irá se mudar, que não suporta mais aquilo e que as pessoas
estão desesperadas e o número de desaparecidos estava crescendo,
enquanto as autoridades lutam para que a história seja restringida ao
olhar do público da Pensilvania. Manson suspeita de magia negra,
conspira contra o xerife, contra o prefeito e todos que desconfia.
Uma das partes mais assustadoras do
diário, a penúltima página, é o relato de Manson sobre algo incomum que
ocorreu durante a repetição do evento sombrio. Quando começou a
escurecer, 21 de Abril de 1961, por volta das 10 e 32 da manhã, Manson
faz o mesmo procedimento: corre e pega sua filha que está no quintal de
casa nos braços e se esconde no pequeno santuário. Atordoado, Manson diz
que rezava quando escutou a voz de um primo, na porta da sua casa,
grunhido, parecendo um pedido para abri-la. Seu primo havia desaparecido
em um desses macabros acontecimentos meses atrás e Manson fica na
dúvida se abre ou não a porta.
Resolve então espiar pelo vão da porta
do santuário. A sua porta parece receber golpes do “tal primo”, tamanho
era o tremor que apresentava. Manson, preocupado imaginando que não é o
seu primo que está na porta, decidi sair do Santuário e dar uma
espiadinha pela janela da sala. Foi o seu erro! No lado de fora estava o
seu primo, no entanto, não da forma como o conhecia. Ele era uma
criatura completamente retorcida, parecia estar amarrado com uma espécie
de metal que perfurava e atravessava diferentes regiões do seu corpo.
Totalmente dilacerado, a figura se debatia e golpeava com o tronco a
porta da sua casa. E o pior: não estava só! Na rua, em frente em sua
casa, haviam outras criaturas.
Na esquina, corpos empalados queimavam
ainda vivos. O cenário apresentado era um “inferno” versão Centralia.
Manson ficou tão assustado que desmaiou de imediato. Acordou com sua
filha beliscando o seu rosto. Manson escreve a sua ultima página dizendo
que está muito doente, que há algo estranho, que não consegue esquecer o
que viu e que teme não consiga salvar a sua filha desse fim…. e
aparentemente não conseguiu, já que de Manson e sua filha, nada mais se
sabe além da ultima página do diário.
Segundo o autor da acusação Anônimo, o
diário ainda existe e está sob o poder de Toyama. O autor também fala
sobre a superstição de Toyama com o diário que virou uma espécie de
amuleto da sorte para o produtor.
Curiosidades
Centralia foi o local de filmagem para a sequência de abertura do filme de 1987 “Made in U.S.A.” (Viajantes Sem
Rumo). A destruição da cidade é capturada de forma brilhante. Filmada
durante o pico do incêndio nas minas, a cidade aguardava a sua demolição
pelo governo. O filme retrata, sem nenhum efeito especial, Centralia
durante sua morte. Pelo que pude apurar, não há DVD disponível. No
entanto, é possível encontrá-lo na Netflix norte-americana. Assista a
toda introdução do filme, mostrando Centralia prestes a ser demolida. Há
também este link com várias imagens do mesmo. Uma última curiosidade:
recomendo aos leitores do Zona 33 buscarem informações sobre o
que ficou conhecido como a “Porta do Inferno”, um enorme buraco
incandescente em Darvaza, Turcomenistão, que lembra o problema de
Centralia.
Centralia, hoje
Atualmente, muitas poucas casas
permanecem de pé em Centralia. A maioria dos edifícios abandonados foram
demolidos por humanos ou pela natureza. A impressão que se tem é a de
que estradas foram pavimentadas sobre um campo vazio. Algumas áreas da
cidade foram tomadas por uma floresta recente. Vários avisos de fogo
subterrâneo, chão instável e monóxido de carbono permanecem presentes.
Fumaça e vapor podem ser vistos saindo da porção abandonada da Rota 61. A
estrada foi reparada inúmeras vezes, até finalmente ser fechada, em
1993. O desvio que torneava o trecho danificado da Rota 61 é, hoje, o
atual trecho da rodovia. O fogo das minas de Centralia se estendeu até a
cidade de Byrnesville, também causando a fuga de seus moradores. O chão
ardente também pode alcançar Ashland, a cidade mais próxima a
Centralia, também com minas subterrâneas.
Durante a maior parte da história da cidade, ela teve pouco mais de 2000 habitantes. Centralia possuiu:
— Duas ferrovias que funcionaram até 1966;
— Várias escolas fundamentais e um colégio;
— Duas escolas paroquiais católicas;
— Sete igrejas, cinco hotéis, 27 bares, dois teatros, um banco, uma agência dos correios e 14 lojas.
Hoje, Centralia tem uma quantidade de
casas que dá para se contar nos dedos, uma igreja e quatro cemitérios,
os quais contêm mais túmulos do que a população local. A única igreja
ainda funciona nos domingos à noite e não foi demolida por estar
afastada da cidade. Os cemitérios de Centralia são uma das únicas
construções ainda em perfeito estado de conservação, exceto pela igreja
do Cemitério Santo Inácio.O Cemitério Santo Inácio tinha uma igreja
grande, muito bonita, que foi derrubada em 1997 por causa do fogo nas
minas. A última missa de domingo em Santo Inácio foi em 25 de junho de
1995. A missa final foi no dia seguinte, segunda-feira 26 de junho de
1995, para um funeral.
Em 1980, Centralia tinha 1.012
residentes. Outras 500 a 600 pessoas viviam nas imediações da cidade. O
censo de 2000 acusou que ainda havia 21 moradores, 10 casas e sete
famílias em Centralia. Já o de 2004 registrou apenas 18 pessoas e nove
casas presentes na macabra cidade. Em 2007, apenas nove moradores foram
encontrados.
50 anos se passaram e a cidade continua a
queimar. A previsão é de que ela continue em chamas por pelo
menos mais de 250 anos. Muitos dizem que o tempo necessário para que seu fogo se apague é muito maior: algo em torno de 500 anos!
menos mais de 250 anos. Muitos dizem que o tempo necessário para que seu fogo se apague é muito maior: algo em torno de 500 anos!
Espera-se que em 2016 muitos
ex-moradores de Centralia retornem para um evento especial: a abertura
do que eles chamam de “cápsula do tempo” – um objeto que representa o
centenário da cidade (1866-1966) – e que se encontra num local
soterrado, próximo ao memorial dos veteranos, desde 1966. Seu conteúdo
permanece um mistério e o objeto tem instruções explícitas para ser
aberto apenas no ano de 2016.
— Quase todas as casas de lá foram demolidas.
— Na cidade existem várias placas com os dizeres do tipo: "Perigo Mortal".
— Uma das principais estradas de acesso à Centralia, atualmente está interditada.
— Centralia também é conhecida como “A Boca do Inferno" e "A Real Silent Hill".
— Curiosamente, a igreja ainda no bairro, Santa Maria, realiza serviços semanais de domingo e não é afetada pelo fogo. (As únicas 7 pessoas de lá sempre vão lá para fazer suas orações).
— A renda mediana para uma casa na cidade foi 23,750 $, e a renda mediana para uma família era $ 28.750. A renda per capta do município foi de $ 16.083.
— Episódio 200 de Os Simpsons ("Trash of the Titans") foi vagamente baseado na história de Centralia.
— Existem vários livros sobre Centrália, o mais famoso é do autor Bill Bryson e se chama "A Walk in the Woods", lá ele relata sua visita à cidade.
Fonte(s) passagemsecreta, naxja
— Quase todas as casas de lá foram demolidas.
— Na cidade existem várias placas com os dizeres do tipo: "Perigo Mortal".
— Uma das principais estradas de acesso à Centralia, atualmente está interditada.
— Centralia também é conhecida como “A Boca do Inferno" e "A Real Silent Hill".
— Curiosamente, a igreja ainda no bairro, Santa Maria, realiza serviços semanais de domingo e não é afetada pelo fogo. (As únicas 7 pessoas de lá sempre vão lá para fazer suas orações).
— A renda mediana para uma casa na cidade foi 23,750 $, e a renda mediana para uma família era $ 28.750. A renda per capta do município foi de $ 16.083.
— Episódio 200 de Os Simpsons ("Trash of the Titans") foi vagamente baseado na história de Centralia.
— Existem vários livros sobre Centrália, o mais famoso é do autor Bill Bryson e se chama "A Walk in the Woods", lá ele relata sua visita à cidade.