Quando falamos de Roma antiga, várias coisas nos vêm à cabeça. Gladiadores batalhando no coliseu, imperadores, festas regadas à orgia, latim, guerreiros, intrigas políticas e etc. Para você que gosta de história e curiosidades, separamos 10 curiosidades sobre os costumes dos romanos antigos.
10. |
Sangue de gladiador tem poder!
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Os antigos romanos tinham algumas práticas
medicinais bem insanas; uma delas era a crença de que o sangue dos
gladiadores podia curar a epilepsia. Eles depositavam tanta fé nesse
poder curativo, que, quando um gladiador morria e seu corpo era retirado
da arena, os vendedores ofereciam o sangue dele ainda quente para a
multidão. Por volta do ano 400, quando os combates de gladiadores foram
proibidos, as pessoas voltaram-se para o sangue dos criminosos
executados.
09. |
Não confie em canhotos
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Na Roma Antiga, os canhotos eram considerados azarados e não
confiáveis. A palavra sinistro, que em nossa língua usamos geralmente em
associação com algo negativo, na verdade vem do latim e seu
significado original era "
a esquerda". Com o tempo, a
superstição associada às pessoas canhotas, transformou a palavra no
termo ideal para definir coisas indesejadas. Gladiadores canhotos,
entretanto, eram considerados especiais. A vantagem deles é que eram
treinados para lutar com destros, mas seus adversários não estavam
acostumados a serem abordados por lutadores sinistros, ficando mais
vulneráveis a um ataque da mão esquerda. Quando o combate envolvia um
gladiador canhoto, essa característica era realçada nos anúncios da
luta.
08. |
Urina, mil e uma utilidades
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Pecunia non olet significa "dinheiro
não tem cheiro". Esta frase foi cunhada como resultado do imposto sobre a
urina cobrado pelos imperadores romanos Nero e Vespasiano. As classes
mais baixas da sociedade romana urinavam em potes que eram esvaziados em
fossas públicas. Então, a urina era recolhida e servia como valiosa
matéria-prima para uma série de processos químicos: era usada no
curtimento do couro, como fonte de amoníaco para limpar e branquear lã,
e, segundo relatos isolados, a urina pode ter sido utilizada até mesmo
como um clareador de dentes. Quando o filho de Vespasiano, Tito,
queixou-se sobre a natureza repugnante do imposto, seu pai mostrou-lhe
uma moeda de ouro e proferiu a famosa frase. Esta sentença é usada ainda
hoje para mostrar que o valor do dinheiro não está contaminado por suas
origens.
07. |
Eram asseados
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bem... nem tanto! |
Os romanos eram um povo muito limpo ( apesar de
beberem sangue de gladiadores e clarearem os dentes com urina ). Eles se
banhavam regularmente em banhos públicos. Em Roma, existia duas fontes
principais de água: água de alta qualidade para beber e de qualidade
inferior para o banho. No ano 600 antes de Cristo, o rei Tarquínio
Prisco decidiu construir um sistema de esgoto sob a cidade. O sistema
que escoava para o rio Tibre, se mostrou tão eficaz que permanece em
uso até hoje ( logicamente, agora está conectado à moderna rede de
esgotos). O sucesso, de fato foi tão grande, que logo foi imitado em
todo o Império Romano.
Os romanos usavam cães de guarda para proteger as casas. E não é só isso: eles também foram pioneiros no uso do aviso "
Cuidado com o Cão", conforme mostra a imagem acima.
05. |
O polegar do veredito
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Diferente da crença popular, não era com o polegar que o imperador
indicava qual o veredicto de um gladiador derrotado. O imperador
mostrava a mão aberta ou fechada. Quando aberta significava: "
Poupe a vida dele" e fechada: "
Mate-o".
Se um gladiador matasse seu oponente antes da permissão imperial, ele
seria levado a julgamento por assassinato, já que somente o imperador
tinha o direito de condenar um homem à morte.
Em Roma havia
muitas profissões extravagantes, o planejador de orgias era uma delas.
Esse interessante profissional se encarregava de organizar as festas
para os ricaços da cidade. Ele providenciava a comida, a bebida, os
músicos, a hospedagem para os convidados; e, é claro, ele contratava
prostitutas para a festinha. A desvantagem do trabalho é que a profissão
não era muito bem vista por alguns membros da sociedade, especialmente
por aqueles que nunca foram convidados para as orgias.
Para
restaurar as bases morais do matrimônio e coibir comportamentos
escandalosos, o imperador Augusto promulgou no ano 17 antes de Cristo a
Lex Iulia de Adulteriis Coercendis.
Nesta lei, se o marido flagrasse a mulher com outro homem, ele podia
matar o amante da esposa e estava obrigado a divorciar-se dela, caso
contrário ele seria acusado de
lenocinum, ou seja:
consentimento ao adultério cometido pela mulher. Ademais, o marido
traído podia reter o amante da esposa por 20 horas, para que ele
testemunhasse o fato vergonhoso. Nessa longa espera, era costume
sodomizar o pobre coitado usando um
rábano,
um escravo núbio ( por razões que você deve imaginar ), ou pelo próprio
marido enganado. Conclusão: era preciso pensar mil vezes antes de pular
a cerca.
Todos nós conhecemos a imagem do imperador Nero tocando harpa
enquanto Roma agoniza em chamas, contudo isso não passa de folclore. A
maioria do historiadores modernos concorda que Nero não se encontrava em
Roma quando o fogo começou, ele estava em Antium e assim que soube do
desastre, retornou à Roma para organizar o combate ao incêndio e o
socorro às vítimas. Contudo, Tácito nos conta que o povo procurava um
bode expiatório e espalhava o boato de que Nero havia posto fogo na
cidade. Então, o imperador para livrar a própria pele, lançou a culpa em
uma seita sem muita importância: os cristãos. Eles foram jogados às
feras, crucificados, queimados vivos, entre outros martírios que fogem à
nossa compreensão.
Por mais exótico que possa parecer,
havia uma íntima colaboração entre os padeiros e as prostitutas na Roma
Antiga. Os padeiros eram fornecedores das
Aelicariae,
prostitutas que trabalhavam no pátio dos templos e que, além dos
favores sexuais, vendiam pequenos bolos feitos na forma da genitália
masculina ou feminina. A maioria dos padeiros também alugava quartos em
seus porões para as meretrizes, mas, uma vez que estas instalações eram
frequentemente invadidas por fiscais à procura de prostitutas não
licenciadas, quem frequentava esses lugares tinha que entrar e sair o
mais rápido possível. Eis aí a origem da famosa "rapidinha".