Continuando, confira 9 relatos de pessoas que se depararam com situações surreais que te deixarão com um nó na cabeça.
Algumas horas atrás, eu estava no meio de um frenesi de codificação quando meu estômago começou a resmungar constantemente. Eu decidi que meu projeto de codificação podia aguardar alguns minutos e que eu precisava ir pegar algum alimento. Eu moro no oeste dos Estados Unidos, então o lugar mais próximo é sempre um McDonald's. Eu só queria comida rápida. Eu não estava bem vestido, eu não tinha tomado banho durante todo o dia (férias, whooo!), então eu queria correr para o drive-thru mais próximo e voltar. Então... McDonald's!
Levantei-me do computador, coloquei uma coleira na minha cachorra e saí. Pus a cachorra no meu carro e liguei a ignição. Do lado de fora, ainda havia um pouco de luz. O sol acabara de mergulhar atrás das montanhas no horizonte e estava escuro o suficiente para ter de usar os faróis.
Enquanto eu estava saindo do meu bairro, comecei a notar que as lâmpadas da rua continuavam se apagando enquanto passava por baixo delas e depois acendendo novamente quando passava por elas, o que achava estranho, mas eu relacionei à coincidência, já que as luzes da rua já se apagaram para mim antes.
Eventualmente cheguei a um dos últimos retornos para sair do bairro, mas quando cheguei ao sinal de parada, senti uma onda de... algo... se derramando sobre mim. Ouvi minha cachorra choramingar. Olhei de volta para ela e ela se encolheu no banco de trás, a cauda entre as pernas e o pelo eriçado. Parecia que eu passava por uma espessa folha de eletricidade estática; comecei a ouvir um ruído de feedback alto dentro da minha cabeça, e o mundo ficou embaçado. Isso durou alguns segundos antes de normalizar.
Meu carro ficou paralisado durante esse tempo, então liguei o motor novamente e abri meu caminho além do sinal de parada. Quando eu entrei na avenida principal, percebi imediatamente que as ruas eram muito diferentes. Elas tinham o preto habitual, mas elas também tinham uma cor branca brilhante e iridiscente, iluminando o meio ambiente. As luzes que costumavam estar nas medianas da estrada também desapareceram, substituídas por árvores.
O McDonald's ainda estava perto da minha vizinhança. Eu podia ver a placa. No entanto, estava em um prédio diferente. O prédio era muito maior do que o habitual, mas, até agora, esta foi a coisa menos estranha que aconteceu nesta viagem. Então eu me dirigi para ele, ainda muito confuso quanto à mudança súbita. Minha cachorra na parte de trás do meu carro pareceu se acostumar bem mais com essa mudança, já que ela estava novamente com a cabeça pra fora da janela cheirando o ar.
Eu fui para o único semáforo entre mim e meu destino e o carro na minha frente era algo que eu nunca havia visto antes. O logotipo na traseira era um círculo prata com o que parecia uma águia siciliana prata no meio. No peito da águia estava a letra "G" em uma fonte cursiva. O modelo do carro era "Vapor". No entanto, a placa era a mesma que qualquer outra.
Então eu atravesso a luz, ainda me perguntando o que aconteceu quando cheguei ao McDonald's. Eu chego ao menu drive-thru, que eram telas telas de LCD que atualizam para mostrar itens do menu em destaque e gifs em loop de pessoas sorrindo enquanto comiam. O meu habitual ainda estava no menu, embora por 2 dólares a mais do que eu estou acostumado a pagar por ele, então eu fiz o pedido. Eu abri a janela com meu cartão de crédito em mãos para pagar.
O funcionário abriu a janela e me cumprimentou. Cumprimentei-o e lhe entreguei o meu cartão.
Ele olhou para ele e depois voltou-se para mim e disse: "Nós não aceitamos isso aqui", e então me entregou um aparelho que me lembrou o monitor de pressão sanguínea do meu pai.
Acho que devia colocar meu dedo, mas ignorei. Eu só perguntei: "eu posso pagar com dinheiro?"
"Dinheiro? Claro, eu acho".
Então eu entreguei 20 dólares e ele inspecionou a nota por mais tempo do que qualquer um deveria, e depois me deu o meu recibo sem o troco.
Quando perguntei sobre o troco, ele olhou para mim com um rosto muito confuso e disse: "Nós não temos dinheiro nesse local, senhor. Nós só podemos dar vouchers".
Oh... kay. Então eu olhei para o meu recibo e, e eis que na parte de baixo dizia: "Valor em dinheiro: $ 11.26". Bom para mim, acho. Prossegui para a próxima janela.
Depois de esperar por alguns minutos, o próximo funcionário abriu a janela com o meu saco de lanche na mão e um grande sorriso no rosto. Ele me entregou o saco e eu o coloquei para dentro.
Ele então me disse: "Oh, aguarde, esqueci suas batatas fritas! Posso pegar o saco novamente, por favor?"
Então eu entreguei o saco e, alguns segundos depois, ele retornou e disse: "Espero que você tenha um ótimo dia! Eu fiz esse esp-es-espesp-mm-tenha um ótimo dia! -esp-esp..."
Isso durou alguns segundos. Seus movimentos de rosto e corpo estavam se movendo e reiniciando igual quando dava tilt nos jogos do nintendo 64. Eu não tive tempo de ter medo durante o momento, porque, quando isso aconteceu, senti a onda de eletricidade novamente. Assim como da última vez que ouvi minha cachorra choramingar, e quando olhei para trás, ela estava agachada, seu pelo todo arrepiado. E assim como da última vez, ouvi um ruído de feedback alto na minha cabeça. Meus olhos levaram um segundo para se ajustarem, mas quando o mundo entrou em foco, vi que estava em um estacionamento. Eu reconheci tudo. Este era o estacionamento do McDonald's, aquele em que eu estava acostumado a ir. E com certeza, o McDonald's era visível no meu espelho retrovisor em sua localização habitual.
Então eu prossegui e comprei comida, novamente. Meus $ 20 haviam desaparecido, assim como meu voucher em dinheiro ou o que fosse, e voltei.
Não tenho ideia do que aconteceu, honestamente, e queria obter o máximo de detalhes possível enquanto está fresco em meus pensamentos.
Bem, esse fato aconteceu entre 1997 e 1998 e eu estava na época com 5 anos. O assunto não tem nada a ver com fantasmas, mas é algo muito estranho.
Estávamos saindo eu, minha mãe e uma vizinha para ir à feira. Era mais ou menos umas 7 horas da manhã e o dia estava ensolarado, mas frio.
Entramos no carro, e quando a minha vizinha olhou no retrovisor para dar ré, ela viu algo estranho no final da rua e nos chamou para ver.
Antes de continuar, uma pequena observação: Minha rua é comprida, e eu moro mais pro final dela, sendo que ela acabava num matagal (hoje são casas).
Continuando...
Perto do matagal, bem no final mesmo da rua podíamos ver dois "prédios" (pareciam pelo menos), um maior que o outro, e pareciam ser bem altos, mas não dava pra ver muito por causa da neblina da manhã.
O mais estranho era o fato de não estarem ali no dia anterior e estarem bem no meio da rua.
As pessoas que passavam por perto deles pareciam não notá-los, assim como os carros.
Achamos estranho, pois só nós o víamos, mas mesmo assim fomos à feira e voltamos meia hora depois.
Quando chegamos, a primeira coisa que fizemos foi olhar no final da rua, e não havia mais nada lá.
O que seriam aquelas construções retangulares? Porque só nós vimos? Porque apareceu e sumiu do nada? Porque no meio da rua? São perguntas que até hoje queria saber as respostas!
Abaixo está uma história 100% verdadeira de um evento que mudaria minha percepção do que é a realidade e me empurraria para tentar entender a física quântica e a forma como nossos (e outros) universos/dimensões funcionam.
Esta experiência ocorreu no início/meados da década de 90 em um shopping a cerca de 30 minutos da cidade em que cresci. Era uma primavera chuvosa e meu pai queria saber se eu gostaria de fazer um passeio para espairecer e sair para fora de casa por um tempo. Então fomos lá, caminhamos um pouco e vimos uma daquelas redes de pizza de sentar e comer, então meu pai perguntou se estava com fome e eu disse "certeza".
Nós entramos no lugar e imediatamente senti essa estranha sensação de medo, eu olhei para ele e ele tinha um olhar de masqueporraéessa em seu rosto. Lembro-me de sentir-me completamente fora, com uma tonalidade e até mesmo o som ambiente um pouco distorcido/irreal. Então eu percebi que todos lá tinham parado o que estavam fazendo e olhavam para nós. Todos, basicamente, pareciam ter saído dos anos 70 e estavam totalmente fora do tempo. Pedimos duas fatias, devoramo-nas rapidamente e saímos. Assim que entramos no shopping, tudo parecia normal novamente, tudo se aqueceu e a sensação de medo desapareceu imediatamente. Continuamos o nosso dia.
Alguns anos mais tarde, quando eu tinha cerca de 18 anos, um amigo perguntou se eu queria fazer um passeio lá, e eu disse "claro". Nós nos dirigimos para o passeio, eu contei para ele a história de como foi estranho — ele imediatamente disse "Eu quero verificar".
Então, chegamos lá e caminhamos pelo shopping e, literalmente, não estava em lugar nenhum; havia um vigia mais velho trabalhando e eu perguntei-lhe "para onde foi o lugar da pizza?" ele me deu um olhar um tanto quanto intrigado e respondeu "isso não está mais aqui fazem 15 anos, garoto".
Na verdade, tenho arrepios escrevendo isso, eu sei que isso parece completamente insano, mas meu pai (que tende a olhar para o lado lógico das coisas) ainda relembra a história ocasionalmente. "Lembra-se de quando fomos a uma pizzaria em uma realidade/dimensão/época diferente?"
Alguns anos atrás, eu vivia com um namorado e uma amiga íntima. Todos nós seguíamos muito bem e ficamos bastante próximos. Meu namorado tinha uma filha que tinha 8 anos na época e morava conosco. Uma noite, tive um sonho muito vívido e intenso que incluiu todos na nossa casa.
Sonho: Intenso sentimento de perigo no ar. Meu namorado e eu estamos do lado de fora da janela da nossa casa, e a companheira de quarto ajudando a criança, depois sai; todos entramos em um RV que estava perto e partimos, escapando de algum perigo indefinido. Chegamos a uma loja, nos separamos para reunir suprimentos, voltamos juntos, entramos no RV e partimos novamente.
Quando acordei, comecei a contar ao meu namorado sobre o sonho, e ele me para e diz "espera, eu também tive esse sonho!" e pega onde parei, continuando a transmitir o que aconteceu no meu sonho. Ficamos maravilhados e, quando nosso companheiro de quarto saiu do seu quarto, eu comecei a dizer que tive o sonho mais louco, e meu namorado teve o mesmo sonho. Ela fica com um olhar assustado em seu rosto e diz, "com o RV, a mercearia e outras coisas?"
Todos nós tivemos o mesmo sonho intensamente real, e as únicas vezes que os sonhos variaram foram os momentos em que nos separamos no sonho, mas se ligava novamente quando nos reunimos. Nós decidimos que tínhamos entrado em uma dimensão/realidade alternativa ao dormir, ou algo assim. Era tudo tão real que era difícil acreditar e nenhum de nós se esqueceu disso.
Alguém tem uma experiência semelhante?
Cerca de um ano atrás, em um acampamento de verão, meu grupo havia saído para um dia de atividades ao ar livre. Dado, isso teve um foco no trabalho em equipe, então esse foi o grande dia gasto inteiramente fora.
Enquanto caminhávamos entre as atividades, no meio do dia, a brilhante floresta de repente ficou escura. Era quase como se um interruptor de luz tivesse sido desligado. Quase imediatamente após o céu escurecer, ele se acendeu. Eu realmente olhei para cima e vi que não haviam árvores acima de mim e o céu estava tão preto como a noite.
Meu grupo inteiro e nossos conselheiros estavam juntos; todos nós vimos isso. Também moro na Califórnia, então não haviam nuvens no céu.
Bem, o que vou relatar aconteceu comigo e um casal enquanto voltávamos da praia. Para proteger a identidade dessas duas pessoas, omitirei seus nomes.
Tudo aconteceu no ano de 2002 quando eu voltava de uma viajem de férias na praia de Imbé, mais precisamente no balneário Nordeste. Passamos um mês de total confinamento por causa da chuva que durou 28 dias sem parar.
No dia que parou de chover, colocamos as coisas no carro, que estava com o tanque abastecido, e saímos de lá exatamente às 14h20. Pegamos uma rua que dá acesso à estrada principal, sendo que nosso mistério começou aí.
Chegando na pista, resolvemos atravessar e entrar em um supermercado com o nome de "Rede Nacional" pra comprar pão.
Neste local ficamos 5 minutos cronometrados, voltamos ao carro e seguimos para a estrada.
Daí em diante nem eu nem este casal de amigos tem lembrança de mais nada até o momento em que chegamos a uma estrada por onde seguimos sempre em frente. Nisto já era noite escura e nós nos demos por perdidos.
Aquela estrada parecia não ter fim, então chegamos a um ponto da estrada onde havia um pequeno bar e uma casa pintada de cal, com iluminação de lampião.
Lembro que no lado de fora havia um lampião pendurado e as pessoas eram muito estranhas e vestiam-se com roupas de antigamente, como as usadas na década de 1940.
O mais estranho foi quando perguntamos a eles sobre a auto estrada, sendo que nos perguntaram o que era uma auto estrada, pois eles não sabiam o que era isso!
Perdidos e assustados, entramos no carro, saímos e começamos a controlar a distância através do tempo do relógio.
Então rodamos acredito que a noite inteira, e em seguida tentamos voltar àquele bar. Surpreendentemente na volta não existia mais o bar.
A nossa próxima lembrança é de estarmos finalmente na auto estrada que precisávamos.
Como? Não sabemos.
Depois disso a última lembrança que nos restou é de estar chegando na frente da minha casa às 02h30 do outro dia, com o tanque do carro cheio, e eu com a sacola de pães do Nacional, supermercado que não existe e nem nunca existiu nesta praia, e para piorar, o filme de 36 poses que eu tinha na máquina havia sumido.
Até hoje não sei explicar o que houve conosco, mas nossas vidas foram totalmente mudadas a partir desta noite alucinante; os pesadelos que tenho, e que até hoje ainda me roubam noites de sono são horríveis.
Nós fizemos um pacto de jamais contar para alguém ou voltar a falar nisso, mas o que mais me preocupa em tudo isso, são os fatos que nós esquecemos naquela noite.
O que será que aconteceu naquele espaço de tempo em que nossas memórias foram "apagadas"?
Será que o que esquecemos é pior do que o pouco que lembramos?
Há 8 anos, eu vivia em um apartamento de 2 quartos, sozinho, com 2 gatos. Eu tinha uma namorada (a quem eu chamarei de Elsa nesse relato) que morava a 45 minutos, no campus da faculdade. Na maioria dos fins de semana, ela dirigia para a cidade e ficava em meu apartamento até ela ter aula novamente na segunda-feira.
Nós fizíamos coisas comuns. Nós gostávamos de passar o tempo só nós dois, assistir filmes, jogar jogos ou coisas do gênero. Por favor, tenha em mente que nenhum de nós usávamos drogas ou consumíamos álcool, como eu tenho um bom trabalho, não posso me arriscar a perdê-lo, e ela simplesmente nunca se importou com essas coisas. Tampouco nenhum de nós estávamos tomando medicação.
Então, aqui está a cena: É sábado à noite, às 23 horas. Elsa e eu estamos sentados no sofá, assistindo um filme (não consigo lembrar qual, acho que Revolutionary Road). Estamos vestidos, sóbrios e alertas, já que dormimos naquela manhã e dormimos muito. Estamos conversando e rindo. A TV está iluminando a nossa área imediata, e eu mantive a luz da cozinha acesa para fornecer luz ambiente para a sala de estar também. Meus gatos estão dormindo em sua cadeira favorita. Todo mundo está seguro e confortável.
De repente, sem qualquer tipo de aviso ou suspeita, o "Salto", como eu vim a chamar, ocorreu.
Você sabe quando está assistindo a um diálogo em um filme e eles estão usando duas câmeras para filmar? Quando eles mudam de câmera para câmera para capturar a conversa? Sem efeitos de corte, interrupção, desbotamento ou transição? Foi tão repentino.
Estávamos nos divertindo juntos na sala de estar, quando em um instante eu me encontrei sentado nos pés da minha cama, roupas removidas, no escuro. Por cerca de metade de um segundo, um milhão de pensamentos se passaram em minha mente. Alguma coisa caiu da parede e bateu na minha cabeça? Eu tive uma convulsão? Estava sonhando o tempo todo? Onde está Elsa?
Então a parte assustadora.
Eu viro para a minha direita, e Elsa também está sentada no pé da cama ao meu lado, roupas removidas. Seus olhos estavam do tamanho de duas bolas de golfe e ela estava tremendo. Eu percebi que eu também estava.
Tentei falar e perguntar-lhe se algo aconteceu, mas estava tão assustado. Eu apenas gaguejei. Depois de olhar ao redor da sala e perceber que estávamos vivos, ela conseguiu me perguntar o que havia acontecido. Eu não queria responder, no caso de ser só comigo, e eu não queria parecer tão louco. Eu apenas olhei para ela.
Depois de uma pausa, ela começou a me perguntar de novo se eu desliguei as luzes ou tirei a roupa, ou se eu sabia o que estava acontecendo.
Eu não fazia a mínima ideia. Nenhum de nós experimentou entorpecimento ou confusão antes do evento. Além disso, não experimentamos nenhuma sensação além de medo e confusão depois disso. Sem dores, sem choques, contusões ou cortes.
Procurei o meu telefone para ligar para minha mãe e ver se um médico seria apropriado. Eu percebi que já não eram mais 23 horas. Já eram 3 da manhã. Naquele instante súbito, naquela mudança instantânea de cena, passaram-se 4 horas. Tudo na casa tinha sido desligado e nós fomos despidos.
Nós fomos ao ER, já que minha mãe temia ter sido um vazamento de gás. Não houve sinais de toxinas ou lesões em nenhum de nós.
Eu explorei possibilidades como um vazamento de gás, produtos de consumo envenenados como o nosso refrigerante ou fast food, deficiências neurológicas e muito mais. Mas a única coisa que sempre me incomodou foi o fato de que Elsa e eu tivemos o time lapse exatamente no mesmo instante, com 4 horas de intervalo. Nenhum de nós testemunhou nada que o outro não tenha visto. E não houve efeitos persistentes.
Por semanas, continuava relembrando isso com ela, esperando que um de nós se lembrasse de algo. Naveguei em fóruns de todos os tipos de sites à procura de respostas. Toda vez que eu trazia o assunto à tona, Elsa ficava assustada com a memória e me implorava para simplesmente esquecer isso. Eu não podia.
Eu não sou um escritor, então eu tenho certeza de ter deixado algumas coisas que teriam sido úteis na compreensão da magnitude e do surrealismo deste evento e como isso afetou Elsa e eu. Por favor, se você leu isso e você tem uma pergunta, um esclarecimento, ou mesmo uma teoria, estive esperando 8 anos para ouvir.
Alguém, me conte o que aconteceu comigo.
Minha mãe fez todas as suas consultas ginecológicas com um médico no centro de Austin. Ele ficava no 5º andar de um edifício do hospital e tinha uma enfermeira/recepcionista há muito tempo chamada Alison. Lembro-me de assistir a suas consultas quando eu era pequena, da minha mãe indo para o consultório e de eu ficar em uma sala de espera, que era decorada com uma cena de floresta bem colorida.
Alison era uma mulher super doce que também era babá para nós, crianças. Ela nos lia livros e nos dava livros para colorir e, ocasionalmente, até mesmo ouvia nossas terríveis piadas de toc toc. Todos nos referíamos a ela como Alison Wonderland (Alison País das Maravilhas).
De qualquer forma, muita estrada depois, me casei, fiquei grávida e comecei a procurar um obstetra desde que voltei para Austin relativamente pouco tempo antes disso. Minha mãe sugeriu que eu fosse ver se aquele médico que era super jovem (30 anos) quando nasci, ainda estava no negócio.
Bem, não consegui encontrar seu nome no diretório do hospital, então pensei que eu simplesmente deveria percorrer pelo local e verificar. Minha mãe estava na cidade (ela se mudou anos atrás) e veio comigo. Nós duas brincamos sobre isso sendo tão familiar, mas as situações invertidas agora.
Quando alcançamos as escadas, enfrentamos um problema. Não havia o quinto andar desse prédio de escritórios hospitalares. Estranho. Nós duas devíamos ter nos confundido. Sabíamos que ficava no último andar, então deveria ter sido o quarto. Não, não estava lá.
Pensamos que estávamos no prédio errado. Exceto pelo fato de termos estacionado na mesma garagem do estacionamento de 20 anos atrás e termos caminhado pela mesma rota.
Aquele médico não existe. Nunca existiu, aparentemente. Minha mãe, meu irmão e eu somos os únicos que se lembram dele e de Alison Wonderland. Perguntamos por aí, inclusive entre a equipe do hospital. Nós até pesquisamos nossas certidões de nascimento que são cópias novas e apenas constava "Médico assistente". Uma das minhas memórias de infância é falsa, mas compartilhada com meu irmão e minha mãe.
Então, vamos com um pequeno contexto para começar. Minha namorada e eu estávamos juntos há cerca de um ano na época, nunca tivemos grandes problemas, somos duas pessoas muito relaxadas. Nunca teve uma grande briga, nunca tivemos problemas de confiança.
Então, um dia; eu estava na frente do prédio do meu apartamento fumando um cigarro — isso foi antes de vivermos juntos. Eu a tinha visto na noite anterior, tivemos um bom jantar, fmos a um bar e fui para o meu apê depois que ela pegou um táxi para casa. Então, enquanto eu estava em frente ao meu prédio, ela chegou em um táxi. Eu não estava esperando por ela, e fiquei agradavelmente surpreendido por vê-la. Eu apaguei meu cigarro, sorri e andei dizendo algo como "Ei, o que você está fazendo aqui?" (de uma maneira muito amigável).
Ela me chingou e me sentou um tapa bem na mandíbula. Obviamente, eu fiquei estupefato, sem palavras, então eu apenas a olhei. Sem dizer mais nada, ela apenas atravessou-me no prédio.
Segui-a para o meu apartamento perguntando-lhe o que estava acontecendo por todo o caminho; ela entrou no meu apartamento, agarrou sua mochila e algumas de suas coisas que ela havia deixado lá; me jogou algumas coisas, quebrando um copo ou dois e derrubando um monte de coisas em uma prateleira. Me chamou de porco, disse que sabia de tudo e que eu parti seu coração. Estava tentando descobrir o que estava acontecendo, obviamente, e ela parou de sair quando eu toquei em seu braço, me olhou novamente e me bateu. Ela me disse algo como "Espero nunca mais te ver" e saiu. Segui-a para a rua e ela entrou no táxi e foi embora. A rua estava muito vazia, talvez 8 ou 9 da manhã, e a assisti indo embora. Neste ponto, eu apenas fiquei sem palavras, assustado e triste.
Então, enquanto eu estava observando o táxi partir, alguém me abraçou pela cintura por trás. Eu me virei, e era ela, com roupas de corrida (ela estava usando salto e jaqueta de couro antes), eu fiquei completamente pálido. Ela disse "oi" em seu habitual tom na paz, então percebeu meu olhar e disse "o que há de errado?".
Eu girei em volta, nenhum táxi. Ele literalmente havia partido 5 segundos antes, de jeito nenhum que poderia ter desaparecido naquele tempo, a luz do semáforo ainda estava vermelha. Eu não disse nada a ela, apenas corri para o andar de cima. Sua bolsa tinha desaparecido, as coisas ainda estavam quebradas, minha porta ainda estava escancarada. Então, eu contei tudo a ela.
Nós dois ficamos confusos de forma monumental, não havia nenhuma maneira de eu tê-la confundido com outra pessoa, e ela é filha única. Nós verificamos as câmeras de segurança, e com certeza, haviam imagens de eu seguindo uma garota no meu apartamento. Os ângulos não eram ótimos, e o filme não era de excelente qualidade, mas era muito fácil ver o meu rosto, só que o dela sempre era difícil de compreender apesar de realmente se parecer muito com ela; não havia uma captura de imagem clara.
Uma ova que é a mesma pessoa... Isso ainda me deixa de cabelos em pé e nós não falamos mais sobre isso.
P.S.: Nós fizemos um boletim de ocorrência, a polícia veio, reuniu todas as coisas quebradas e encontraram apenas minhas impressões digitais e da minha namorada sobre elas, o mesmo com minha porta. Essa menina entrou no meu prédio, o que significa que ela conhecia o código da minha porta. Na filmagem aparece ela digitando o código. Só espero nunca mais vê-la novamente.
P.S. 2: Tive uma conversa com um professor em Columbia (amigo da família) sobre esta situação "hipoteticamente", não querendo soar como um tolo. Ele ensina algo como filosofia e outras coisas a ver com superstição e explicando o inexplicável. Uma de suas explicações foi muito próxima do seguinte: De alguma forma, um "espelho" de nosso mundo, executando uma linha de tempo quase idêntica, se dobrou ou colidiu temporariamente com o nosso. Talvez ela me viu no bar na noite anterior com outra garota (minha namorada), não vendo o rosto dela, decidiu terminar comigo na manhã seguinte, vindo para o meu apartamento. Eu não sou realmente dado a acreditar nessas coisas, mas depois disso, não considero nada impossível. Além disso, isso me faz pensar, se isso for verdade, o quanto que aquilo também bagunçou esse "mundo espelho"? As coisas não podem ser as mesmas agora, ela terminou comigo. Eu não sei, é muito para pensar.
