5 Antigos rituais pagãos bizarros

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No mundo antigo, um Pagão era qualquer um que adorasse deuses que eram diferentes dos adorados pelos romanos e gregos, diante deles. Em particular, os Vikings, anglo-saxões e os Celtas foram classificados como pagãos e os seus rituais religiosos eram vistos como estranhos, porque muitas vezes eles realmente eram!
É importante frisar esse conceito acima, pois muitas pessoas pensam que eram considerados pagãos os que não acreditavam no Deus da religião católica, e no entanto, os gregos e romanos, que cunharam esse termo, veneravam Zeus (Júpiter para os romanos) e companhia. Agora voltando aos rituais pagãos, confiram 5 estranhos rituais praticados pelos antigos pagãos.


05. O ritual druida do carvalho e visco


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Para os primeiros sacerdotes druidas da Gália e da Grã-Bretanha, o carvalho possuía grande significado em seus rituais e era considerado sagrado. Da mesma forma o visco, que pode crescer no carvalho, também teve um papel importante na sua religião. Segundo um cronista romano "Plínio, o Velho" escreveu no século 1 d.C., acreditava-se que quando o visco caía de um carvalho,era um sinal de que a árvore tinha sido selecionada por seu deus.

Plínio afirma que no 6º dia da lua, sacerdotes druidas vestidos com túnicas brancas, preparavam um banquete embaixo da árvore e traziam também dois touros brancos. Um sacerdote, então, subia na árvore e cortava um ramo de visco com uma foice de ouro. Os touros brancos seriam sacrificados, enquanto os atendentes oravam a um deus; o visco então era dado para o gado em uma bebida que, acreditava-se ser um antídoto para todos os venenos e faria qualquer animal estéril se tornar fértil.


04. Os Anglo-Saxões e o Javali


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O javali era um símbolo muito importante em muitas sociedades pagãs e foi associado com os deuses e deusas guerreiros e da fertilidade. Na festa anglo-saxã do meio do inverno, um javali era sacrificado e os votos eram feitos para o ano seguinte, dando-nos a tradição de resoluções do Ano Novo. De acordo com o orador, historiador e político romano Tácito, eles usavam a pele de javali em combate em vez de armadura, acreditando que iria dar-lhes a proteção da "Mãe dos Deuses" e garantiria que o guerreiro fosse destemido no calor da batalha.


03. As origens pagãs da Páscoa


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Esse está na lista não tanto pela estranheza, mas sim a titulo de curiosidade. A palavra "Easter" (Páscoa, em português) foi proposta pela primeira vez como o nome para a celebração cristã da ressurreição de Jesus, pelo monge do século 8 São Beda. Ele derivou a palavra de uma deusa-mãe anglo-saxã da primavera, do amanhecer, da vida nova e começos, chamada Eastre, já no nosso português, a conhecemos como Eostre, Ēostre, Ostara ou Ostera. Quando às origens etimológicas da palavra em nosso bom português, Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa passagem.

Agora, você deve ter se perguntado de onde veio a tradição dos ovos de Páscoa. Apesar de algumas fontes citarem que os ovos são uma tradição cristã (na realidade foi uma tradição copiada), sua origem é mais antiga. No dia do equinócio da primavera, 21 de março, os anglo-saxões realizavam um festival em honra de Eastre, durante o qual um coelho era usado como um símbolo de fertilidade (você já deve ter entendido o porquê dele ser o símbolo) e os ovos eram pintados com cores brilhantes para representar a luz do sol trazido pela vinda da primavera. Os ovos eram, então, dados à amigos e famílias, como presentes, ou usados em concursos de rolar ovos. E não eram comidos, é claro.

Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a ideia de fazer os ovos com chocolate — iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. Quem não gosta de chocolate?

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02. Blót, o sacrifício de sangue Viking


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O sacrifício de sangue Viking ou "Blót" (palavra singular e plural no nórdico antigo, refere-se aos sacrifícios pagãos nórdicos para os deuses escandinavos e elfos) era praticado em várias épocas do ano para dar graças aos deuses ou para tentar agradá-los. Enquanto o Blót era normalmente realizado com sangue animal, uma saga menciona o rei dos suecos sendo sacrificado à Odin.

O ritual seria realizado a céu aberto e violência não era permitida no local de encontro. O animal seria sacrificado em um altar composto por uma pilha de pedras e pelo sangue coletado em uma tigela. O sacerdote recitava canções em honra ao deus a ser adorado, em seguida, passava a taça ao redor de uma chama três vezes enquanto recitava palavras mágicas. O mesmo era feito com a carne do animal, antes de, finalmente, o sacerdote aspergir o sangue do animal sacrificado em si mesmo e em todos os presentes e despejar no altar o que sobrou.


01. O Homem de Vime


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Talvez o mais estranho dos rituais dos antigos pagãos e também o mais conhecido, eram os sacrifícios humanos. Os historiadores discutem se as culturas pagãs praticavam realmente o sacrifício humano, já que a maioria dos escritos sobre o assunto vem de seus inimigos. Contos de sacrifício humano podem ser propaganda real ou apenas invenção grega e romana, projetada para encorajar o apoio para a guerra contra as culturas pagãs.
Em seus "Commentarii de Bello Gallico", Júlio César fala sobre o ritual incomum praticado, segundo ele, pelos gauleses no século 1 a.C. Embora admitindo que ele não tenha visto o ritual com seus próprios olhos, César afirmou que uma grande efígie em forma de homem, chamado de o Homem de Vime (também chamado de O Homem de Palha), seria construída com o vime(obviamente) e incendiada, com aqueles a serem sacrificados aos deuses, presos dentro. Normalmente, os criminosos seriam utilizados, mas se nenhum pudesse ser encontrado, então homens inocentes seriam queimados vivos em seus lugares.
Em tempos modernos, a figura tem sido adotada por festivais como parte de algumas cerimônias temáticas neopagãs, obviamente sem o elemento do sacrifício humano.
Esse ritual pode ser familiar pra você, visto que foi tema do filme O Homem de Palha (1973), O Sacrifício (2006) estrelado por Nicolas Cage, e também capa da edição limitada do single The Wicker Man do Iron Maiden.



Wicker man film