10. | Aparição no quintal |
Relato de Francisco Marques @ Belemassombrada |
Esse
fato aconteceu comigo durante a década de 80, quando eu tinha uns 16
anos. Eu morava no bairro de canudos, próximo à escola Augusto Olímpio,
na Avenida Ceará. Encontrava meus amigos todos os dias pra jogar bola.
Quando chegava a noite ficávamos conversando até tarde. Foi quando que
em um desses dias, um de nossos amigos, o Marquinho, adoeceu, estava com
febre. Sentimos a falta dele na roda de conversa e resolvermos ir até a
casa dele lhe fazer uma visita. Um outro amigo, o Tiago, disse que não
iria lá, pois a mãe do Marquinho costumava mexer com macumba e ele tinha
calafrios quando entrava naquela casa. Eu já havia estado lá algumas
vezes, mas nunca havia sentido nada estranho, apenas achava a casa deles
desorganizada e confusa. Quando chegamos à casa do marquinho fomos
recebidos por sua mãe, que nos tratou com certa frieza. Perguntamos se o
Marquinho estava em casa e ela disse que ele estava meio “molenga”
devido ao resfriado. Pedimos pra falar com ele, ela disse para entrarmos
que ele estava deitado. Ao chegarmos no quarto, encontramos Marquinho
de pé. Ele parecia meio pálido, mas fora isso, era o Marquinho
brincalhão de sempre. Ele nos convidou para irmos à cozinha tomar café
com pão. Chegando lá, começamos a conversar e a rir das piadas de um de
nossos amigos, quando percebi que atrás da porta havia uma pequena
imagem, dessas usadas em terreiros de umbanda. Ao ver aquela imagem
passei a me sentir estranho, com uma espécie de mal estar. Em seguida, a
mãe do Marquinho passou por nós em direção ao quintal da casa, mas
antes ela nos olhou de forma ameaçadora. Todos ficamos calados. Até que
um de nossos amigos manifestou vontade de ir embora. Marquinho disse
que ainda era cedo e que deveríamos ficar mais um pouco, pois ele não
poderia sair devido ao sereno. Foi quando o João olhou para o quintal e
viu um homem alto, magro e de aparência espectral olhando para todos
ali. Espantado, ele disse: o que é isso? Quem é esse? Todos olharam e
ninguém viu nada. Eu perguntei: o que você viu? Ele respondeu: Um homem
em pé ali olhando pra gente. Nessa hora todos os pelos do meu corpo se
arrepiaram. Quando a mãe do Marquinho adentrou a cozinha e disse: agora
eu quero vê quem é homem de verdade. Em seguida, um de nossos amigos
começou a sentir uma dor de cabeça muito forte que o fez lacrimejar. Outro
colega disse que não conseguia se mexer. Nessa altura meu coração tava
quase pra sair pela boca. De repente, um barulho forte e estranho, como
bichos correndo, pareceu vim do forro da casa. Uma atmosfera de tensão
tomou conta do ambiente. Foi quando o João viu novamente aquele homem e
gritou: é o homem...ele tá entrando na casa. Nessa mesma hora, todo
mundo saiu correndo com a intenção de encontrar a porta da rua o mais
rápido possível. Lembro que quando cheguei lá fora senti um verdadeiro
alívio e nunca mais tive coragem de voltar àquela casa. Depois daquele
fato, raramente o Marquinho vinha à rua. Não sei se por vergonha ou por
determinação de sua mãe.
09. | Algo sugando sangue da carne |
Relato de Raimundo T. @ assombrado |
Bom, tudo começou num domingo em que meus pais estavam assistindo ao Fantástico na sala de estar. Era por volta de 11:30 da noite e tínhamos ido nos deitar.
Estávamos animados a conversar sobre o que fizemos no dia, quando começamos a escutar ruídos vindos da cozinha. Tínhamos certeza de que estava tudo escuro, exceto pela sala onde estavam nossos pais. Parecia ser alguém abrindo a geladeira. Em seguida, pareceu o som de alguém retirando algo envolvido num plástico. O mais estarrecedor veio logo em seguida. Ouvimos o ruído de sacola sendo aberta, e de uma coisa sólida sendo posta em cima da pia. Pelo som que veio depois, supomos que era a tábua de bater carne. Algo foi retirado da sacola plástica. Ouvimos depois marteladas sendo desferidas sobre algo macio. Na hora deduzimos que era carne sendo amaciada. As batidas eram contínuas e num ritmo compassado. E então algo que nos fez tremer: ruídos grotescos de algo sendo sugado com uma ânsia indescritível. A cena que visualizamos em nossas mentes era a de um ser ou uma criatura sugando sangue da carne crua que tinha acabado de amaciar com os utensílios da cozinha. Nossa curiosidade não suportou mais, e os três levantamos para ver o que ali estava. Quando acendemos a luz do corredor, tivemos a visão da cozinha e mais nada. O que quer que pudesse estar por lá sumiu sem deixar rastros. E tudo estava na mais perfeita ordem. Nos dirigimos aos nossos pais e estes afirmaram não terem escutado nada.
Nós ficamos muito impressionados como o que ouvimos. Como era de se esperar, não dormimos quase nada àquela noite, discutindo sobre o que nós três “presenciamos” e o que viria a ser tal “aparição”.
Seria um vampiro? Um demônio? Tudo o que posso afirmar é que os 3 não poderiam estar equivocados sobre terem escutado a mesma coisa. Para os que se perguntam se podia ter sido uma peça pregada pelos outros irmãos, eu digo: não foi, pois os dois foram dormir cedo para trabalhar e ficaram impressionados com a história que contamos depois. Além do mais, como tudo poderia estar impecável no momento em que chegamos?
08. | Terror noturno |
Relato do leitor Thiago Santos |
Eu e minha mãe tínhamos acabado de se mudar para nova casa, em uma tentativa de uma nova vida. A casa era linda! Adorava o quintal (exceto a árvore antiga horrível que se encontrava lá). Minha mãe é evangélica e levava tudo pro lado religioso. Eu não dava muita importância até que um dia um fato acorreu comigo.
Como de costume, depois do jantar eu fui ao banheiro escovar meus dentes, me preparando para dormir. Até aí tudo normal, eu fui em direção ao meu quarto enquanto limpava o rosto. Chegando lá eu me deitei, liguei a TV, e fiquei horas e horas assistindo, até que caí no sono. Na madrugada. algo estava diferente. Eu não conseguia acordar, mais eu conseguia ouvir e sentir o que estava ao meu redor; foi uma sensação agoniante, eu estava querendo me mexer mas não tinha controle sobre o meu corpo, sentia apenas um frio intenso e ouvia o som da TV e uma respiração pesada e ofegante perto de mim. Minha vontade era de sair correndo daquele lugar, mas não conseguia. Eu lembrei dos conselhos da minha mãe, e comecei a orar em pensamento, para que aquilo acabasse. Quando eu comecei a orar, consegui me despertar e corri pro quarto da minha mãe. Sem entender nada, ela apenas se assustou e perguntou o que havia acontecido. Eu, com medo de preocupá-la e de levar aquele sermão religioso dela, apenas disse que tive um pesadelo e pedi para que eu pudesse dormir com ela aquela noite. Ela, sem falar nada, apenas concordou com a cabeça.
Na parte da manhã, o mesmo fato ocorrera, não conseguia novamente me despertar. Então novamente clamei por Jesus e naquele momento senti uma mão passar no meu rosto e eu consegui me levantar, era minha mãe limpando meu rosto molhado de suor. Eu, com uma expressão de medo no rosto, pedi pra que ela me ajudasse e contei o que estava acontecendo comigo, ela apenas disse que isso estava acontecendo por que eu não orava antes de dormir, e que aquilo poderia ser obra de satanás. Depois daquele sermão todo, me levantei e segui com minha rotina, com a consciência um pouco pesada devido ao fato que havia ocorrido. Naquela noite antes de ir dormir, apenas me ajoelhei perto da cama, orando à Deus, pedindo para que ele me protegesse e que me ajudasse naquele momento; e pedindo para que ele me mostrasse o que tanto me atormentava. Eu me deitei e caí em um sono profundo. De madrugada, senti novamente aquela horrível sensação, mas consegui abrir meus olhos, e vi aquela horrível criatura, era baixa, tinha um cabelo estranho como daqueles hippies (dread), seus olhos eram pequenos, sua face era alongada como a de um cachorro ou um bode, e usava uma capa meia que marrom, e não tinha pés. Naquele momento olhei para aquela coisa que eu tentava decifrar o que era, a criatura olhou para mim e eu vi aquilo sumir como em uma forma de fumaça bem na minha frente. Eu confesso que fiquei sem ação, me senti sendo vigiado e sozinho, corri para a cozinha e fiquei ali até o dia clarear.
Eu contei para minha mãe o fato que ocorreu comigo e desde aí, sempre oro antes de dormir. Essa foi a primeira experiência que tive, eu evito contar essa historia, pois muitos não acreditam em mim, é difícil mesmo imaginar que não estamos sozinho nesse mundo e essa foi minha experiência e gostaria de compartilha-la com vocês.
07. | Lobisomem? |
Relato de Fernando F. @ assombrado |
Era um verão de 1982, a família em questão vivia em um pequeno distrito de São João Batista onde as ruas de terra levantavam enormes poeiras ao passar de carros e caminhões na área rural. A casa de madeira muito próxima a estrada sumia em meio ao vendaval de terra suspensa e florestas.
Neste dia algo extraordinário iria acontecer, Zezinho e sua família nem se dera conta do dia que passava rápido para chegar ao crepúsculo. Nesta noite ele e sua família iriam se deparar com o extraordinário.
Bete preparava o jantar enquanto Zezinho assistia ao noticiário, as crianças estavam no quarto.
Após o jantar e ao fim de um dia fatídico a cama é o que lhes restavam para terminar com uma noite de sono como recompensa.
Crianças de banho tomado, barriga cheia e na cama. Pronto. Já poderiam ir dormir.
Sua filha mais nova, Fernanda, de 6 meses de idade, dormia em um berço ao lado da cama dos pais. Logo acima do berço uma enorme janela. Era possível ver o céu estrelado da cama do casal e a linda noite clara iluminava o quarto escuro.
Bete havia deixado a janela aberta, pois a noite estava quente.
Quando todos pegaram no sono e a noite se adentrou, algo estava espreitando a casa. Já passara das 2 horas quando Bete, entre sono e momento de clareza, abriu seus olhos lentamente e pode observar uma sombra debruçada pela janela. Ela imaginou estar sonhando e se perguntou se aquela enorme sombra poderia ser equilibristas de circo, um sobre o ombro do outros, mas realidade se mostrou mais sombria, em um momento o tempo pareceu parar e um arrepio subiu por sua espinha, os momentos em câmera lenta ficaram nítidos como uma filmagem em alta definição.
Bete acabara de se deparar com uma criatura que não havia visto nem em seus piores pesadelos, algo monstruoso, maligno. Ainda paralisada consegui ouvir sua respiração pesada, ofegante, seu hálito horrível de carne podre e com enormes olhos vermelhos, o corpo da criatura brotava de fora da janela para dentro do quarto apoiando suas enormes garras sobre o berço do bebê. Bete se perguntava como isso era possível, pois a janela ficava a mais de 2 metros de altura da rua, a casa era alta. Foi quando ela conseguiu sair do seu súbito momento de torpor e soltou de sua alma um estridente e agoniante grito de terror.
Zezinho sem titubear, sentiu sua adrenalina ser injetada em seu coração, suas pupilas dilataram, seu estado de sobriedade e consciência estavam a mil em milésimos de segundo e foi nesse momento que se deparou com a enorme criatura encarando-os em meio a aflição e desespero. Sem pensar, Zezinho pulou com toda sua coragem sobre a criatura que o encarava, quando Zezinho abriu seus braços e agarrou o pescoço da criatura o vulto se encolheu pela janela abaixo como fumaça. No mesmo embalo Zezinho pulou logo atrás do monstro, porem ele simplesmente havia sumido, evaporado. Não houve barulho de passos, de cachorro, somente o trilar dos grilos. Como isso era possível?
Após horas de investigação ao redor da casa, tudo parecia um sonho. Será que realmente isso teria acontecido? Foi então que uma prova assustadora ainda não deixou essa horripilante aparição ir embora. No lençol do berço do bebê havia ficado as marcar das garras da criatura. Por sorte nesta noite o bebê estava dormindo encolhida no canto de sua caminha.
Acredito que a criatura foi surpreendida e não pode cumprir seu destino esta noite.
06. | Matinta perera do Jurunas |
Relato de Alessandra Almeida @ Belemassombrada |
05. | Inimigo dos cães |
Relato de Maurício U. @ Assombrado |
Aos 5 anos eu costumava acompanhar minha mãe em qualquer lugar que ela ia, e por zoeira do destino era certo esbarrar com um dog na rua! No melhor dos casos o dono logo percebia que podia dar merda e gritava com o cachorro ou segurava a coleira dele pra ele não chegar perto, mas certas vezes eu tinha que espantar o satanás com gritos, pedradas, pauladas e até chineladas ou seria mordido.
Quando íamos visitar parentes era sempre a mesma história: Espera aí fora 1 minutinho que vou prender o cachorro. Quando passávamos mais de 1 dia na casa deles era impossível dormir por causa de latidos as 4:00 horas da manhã!
Sempre ouvi histórias de que Fulano deu veneno pra matar o cachorro de Sicrano, Beltrano foi mordido pelo cachorro de Fulano, Sicrano se separou de Sicrana por causa do cachorro. E com isso tudo eu pensava: Nunca vou ter esse bicho do capeta! Como é que alguém pode gostar dessa praga que veio do inferno pra destruir a vida do ser humano? Foi nessa época que tive a minha 1° experiência sobrenatural e pra variar foi com um demônio canino!
Eu voltava da escola por volta das 5:20 horas da tarde quando escuto um latido, passam 10 segundos e escuto 3 latidos e som de patas batendo no chão, Já certo de que era um cachorro vindo pra cima de mim logo peguei uma garrafa de cerveja do chão e olhei pra traz preparado pra dar uma garrafada no infeliz, e vi o tal cachorro correr pela rua e ATRAVESSAR UM MURO! Depois disso já não sabendo o que pensar voltei pra casa.
Passaram 7 anos e os “cãopetas” me atormentaram até dormindo. Este provavelmente foi o pior pesadelo que tive na vida! Eis como foi:
Eu me apresentava para o 1° dia de trabalho como repórter e a reportagem é sobre um canil, Mau passo pelo portão e já começa a destruição mental! Vejo uma cadela ferida com um pedaço de uma cerca de ferro enrolada na barriga. O dono do canil diz:
— Essa cadela é muito atacada pelos cachorros! A cerca é para protege la.
A partir daí comecei a explorar o local e via muitas jaulas parecidas com celas de presidio, todas com cães dentro, Só que uma jaula era maior e mais elevada! Eu cheguei mais perto pra olhar e vi um corpo de um cachorro pequeno sem pernas e sem cabeça, olho em volta e vi a cabeça do outro lado da jaula! Perguntei ao dono:
— Porque esse cachorro morto tem uma jaula própria?
Dono: - Ele não tá morto! Só é especial e meu favorito!
Eu: — Como assim especial? E qual é o nome dele?
Dono: — Eu o chamo de “cachorro do inferno”(nome bem apropriado).
A cena a seguir foi a coisa mais macabra que já vi, pensei ou sonhei! O dono diz ao cão:
— Vem aqui meu grande amigo.
E o corpo do “cachorro do inferno” começou a se arrastar até a cabeça, quando chegou a cabeça se ligou ao corpo e aquela obra de Satã (foi o que eu pensei) começou a latir!
Eu acordei ofegante e assustado pensando só em comprar uma arma e exterminar essa praga de 4 patas que tanto me faz mal.
E não parou por aí! Depois de um período de vida normal, eis que acontece a minha 2° experiência sobrenatural, e adivinha com qual animal. . .Adivinhou?
Em 2008 fui a um aniversário na casa da minha avó e como aquilo tava meio chato eu peguei um copo de refrigerante eu fui pra rua! Sentei num banco que tinha na calçada e fiquei lá. Mas quando fui beber meu refrigerante eu olhei pro fim da rua e lá estava um “AU AU” amarelo vindo mancando na minha direção! Eu não pensei 2 vezes, levantei pra voltar pra dentro da casa. Mas ao levantar do banco, passou um carro com o farol ligado e quando a luz do farol iluminou o cachorro amarelo, eu vi uma nevoa! E essa névoa formava uma imagem de outro cachorro que parecia estar mordendo a pata que mancava do cachorro amarelo! Eu já sem reação fiquei me perguntando: Por que eu vejo isso? Por que eu? Por quê?
Hoje em dia meus problemas com cães são normais, Mas eu ainda sinto que meus inimigos vão me proporcionar mais dessas situações bizarras.
04. | Homem sem cabeça da Humaitá |
Relato de Samir Resende @ Belemassombrada |
A
lenda do homem sem cabeça é bem antiga e já existem até filmes sobre o
tema, mas o que será relatado aqui não faz parte de um filme e não foi
uma simples lenda. Quando os relatos começaram tive a iniciativa de
investigar e hoje demonstrarei o que foi descoberto. Os nomes foram
modificados, além da ordem de alguns acontecimentos para preservar
minhas fontes, mas saibam que é tudo verdade. Eu mesmo tive a
assustadora experiência de encontrar com esse ser. O ano era 2003, um
garoto morador da periferia do bairro do Marco brincava na baixada na
travessa Humaitá, que ainda não era asfaltada, na verdade além das
pedras era uma rua cheia de lama e mato, mas quando uma criança quer
brincar ela sempre acha uma forma. Renato brincava com os amigos em
frente a um terreno abandonado quando a bola do grupo caiu no terreno e
Renato achou um buraco no muro e foi buscar a bola. Seus amigos ficaram
do lado de fora esperando, pois todos tinham medo de andar por aquele
terreno abandonado e cercado por um alto muro de tijolos. Alguns minutos
se passaram e nada do Renato voltar do terreno, seus amigos foram até
ao buraco e chamaram por ele, mas ele não respondeu. Depois de mais
algum tempo só se ouviu o choro de Renato e os meninos saíram correndo e
chamaram a mãe de Renato que veio e entrou pelo buraco para buscar o
filho. Entrando lá viu o filho sentado no chão com um ar de desespero e
chorando. A mãe perguntou ao filho sobre o acontecido e ele só disse “o
homem não tinha cabeça”. Semanas se passaram e a história correu a rua e
muitos comentaram, mas ficou como uma mentira de um menino levado ou
coisa de maluco. Só que aquele pequeno pedaço da rua, em frente aquele
terreno abandonado, virou referencia de algo misterioso e outros relatos
foram surgindo, nada como o que aconteceu com Renato, mas sempre tinha
alguém que viu um vulto de longe, um homem andando no terreno, visto
pelos buracos dos tijolos, e a rua escura contribuía para mais e mais
histórias de um suposto homem sem cabeça. Uma moça que vinha da escola,
tarde da noite, passou em frente aquele terreno, era noite de muita
chuva e não tinha quase ninguém na rua, então ela viu um homem que
andava da frente do terreno até uma vila que ficava próxima. Ela jura
que o tal homem passou por ela e ele não tinha cabeça. A moça correu
para a sua casa em desespero e só me contou essa história depois de
muita insistência minha. Depois de mais esse relato os moradores das
casas em frente ao terreno já não ficavam muito em frente suas
residências e nem chegavam muito tarde. Moças que iriam demorar a chegar
acabavam ligando para a família para que o pai fosse busca-las na
esquina ou dormiam na casa de amigas. Um dia ouvir falar da lenda do
Homem sem cabeça da Humaitá e resolvi pesquisar, cheguei até o relato
mais assustador e de consequências mais graves que tive conhecimento,
mas contarei outro dia e também falarei de minha experiência com o homem
sem cabeça da Humaitá.
03. | A sombra do beco |
Relato de Ronnyvaldo @ Assombrado |
Em uma noite comum, meu tio saiu para ir trabalhar, deixando a gente com a família dele em casa lhe esperando, pois ele sairia da escola depois das 22h:00hs, e falou que quando estivesse próximo da hora para a gente ir esperá-lo em frente da escola para virmos todos juntos.
Quando deu umas 21h40, saímos de casa ao encontro dele em frente a escola como combinado, porém como já tinha relatado, o bairro e pequeno e com vários becos escuros, pois a luminosidade e pouca nos interiores do Rio Grande do Norte.
Da casa dele até a escola eram mais ou menos uns 15 minutos. Ruas completamente desertas e escuras, evitamos passar por lugares escuros, pois não sabíamos o que estaria lá nos esperando, mas teve um beco que não conseguimos evitá-lo pois ele dava em frente a igreja que era ao lado do colégio, um beco longo escuro e no meio de duas cercas de estacas e arame.
A lua estava muito bonita e clareava algumas partes do beco. Pegamos todos nas mãos (eu minha irmã e minha mãe ) e fomos passando lentamente no beco. Quando estávamos quase no meio dele sentimos um cheiro forte de enxofre e escutamos uns passos, paramos e olhamos para traz, quando vimos estava um homem todo negro sem olhos, boca, roupa ou qualquer expressão, como se fosse uma sombra, a nos observar passando. Quando ele notou que paramos e vimos ele, ele começou a andar lentamente, todos ficamos arrepiamos quando notamos ele andando, quase flutuando pois as pernas dele não se me chiam. Minha mãe logo se apavorou e gritou bem alto, "Sangue de Cristo tem Poder". Ele rapidamente parou, e começou a chacoalhar como se estivesse com os pés em brasa e tombando para os lados como se estivesse bêbado. Ele ficou assim por um tempo e se afastou para a saída do beco. Vimos ele encostando na cerca e querendo sair de perto da gente, logo ele foi se afastando e sumindo na escuridão.
Quando vimos ele sumindo saímos correndo em direção ao final do beco. Falamos para meu tio sobre o que acabamos de ver e ele logo respondeu: isso e normal nesse beco, evito passar por ele.
Passamos a noite acordados querendo saber o que nos observava no beco. No outro dia de manha fomos lá e não tinha nenhuma marca no chão de barro, nada. Pensávamos que tinha ficando alguma marca dos seus pés.
02. | Atacados pelo chupa-chupa |
Relato de Jorge Alberto @ Belemassombrada |
01. | O Lobisomem ruivo |
Relato enviado pelo leitor Antônio Souza |
Moro em Campo Grande, capital do MS. Em 1998, com meus 15 anos de idade, tive inúmeras experiências sobrenaturais. Eu era um adolescente sem problemas, estudava, me divertia, não bebia e muito menos utilizava outras drogas ilícitas. Comecei a ter certas visões e sonhos estranhos: Cemitérios, pessoas que tentavam me dizer algo, mas que não compreendia. Aparições noturnas de sombras estranhas... cada historia renderia aqui horas de relatos, mas o que me deixou mais intrigado foi a aparição de um humanoide a três quadras de minha casa.
Na época, um bairro pouco populoso, com poucas quadras habitadas, quadras inteiras tomado pelo serrado, uma vegetação comum no estado. Estava voltando da casa de um parente, no último ônibus da linha, que parava sua corrida à meia-noite. Estava somente eu neste ônibus, e o ponto onde eu deveria descer, ficava a 4 quadras de minha casa. Nada de assustador, pois fui criado em fazendas e estava acostumado a andar na noite. Nunca tive problemas em me deparar com tamanduás, antas , lobinhos e outros animais selvagens. O único problema era na esquina da casa onde eu morava, aliás, moro até hoje.
Lá mora um senhor misterioso, chamado Sr. Romeu, cujas crianças tinham medo e chamavam-no de lobisomem, também não podia ser diferente, ele morava em uma habitação pertencente à igreja católica, uma ruína de uma velha igreja. Sr. Romeu foi deixado por um casal de freiras há muitos anos, e até hoje vive só. Apresenta problemas mentais, mas essa é outra historia. Ao chegar próximo ao ponto, procurei por possíveis ameaças, como gangues, usuários de drogas, entre outros... mas estava muito calmo, uma neblina e um silêncio perturbador. Desci no ponto e avancei três quadras. Parei no canto da rua, em um local escuro estratégico, já pensando que se alguma gangue( comum nos anos 90 ) aparecesse, eu poderia facilmente desviar o caminho, pois haviam postes de luz publica nesta quadra, e seria fácil de ver as possíveis ameaças. Foi então que de repente, ouvi um barulho de um galope, como se alguém cavalgasse um pônei. Nesse momento eu estava urinando, e somente fiquei esperando que o animal passasse pela esquina iluminada. Eu estava mais preocupado com que havia assustado ele, foi quando passou um animal grande, imagino uns 2 metros. Do meio do corpo pra baixo, era como um grande bode, somente duas patas. Da cintura pra cima, um ser humano musculoso, com músculos divididos, cabelo ruivo espetado pra cima, os braços vinham acompanhando o movimento do corpo, e os olhos brilhavam como dois LEDs vermelhos. Ele passou e apenas fez um movimento com a cabeça, sinalizando que havia percebido minha presença. Cortei a urina na hora e desci em um carreirão, só voltado 1 hora depois e na carreira. Contei pra muita gente e fui motivo de risadas por anos, até que em um churrasco, uma senhora de idade contou que havia visto a mesma figura nas imediações...
Na época, um bairro pouco populoso, com poucas quadras habitadas, quadras inteiras tomado pelo serrado, uma vegetação comum no estado. Estava voltando da casa de um parente, no último ônibus da linha, que parava sua corrida à meia-noite. Estava somente eu neste ônibus, e o ponto onde eu deveria descer, ficava a 4 quadras de minha casa. Nada de assustador, pois fui criado em fazendas e estava acostumado a andar na noite. Nunca tive problemas em me deparar com tamanduás, antas , lobinhos e outros animais selvagens. O único problema era na esquina da casa onde eu morava, aliás, moro até hoje.
Lá mora um senhor misterioso, chamado Sr. Romeu, cujas crianças tinham medo e chamavam-no de lobisomem, também não podia ser diferente, ele morava em uma habitação pertencente à igreja católica, uma ruína de uma velha igreja. Sr. Romeu foi deixado por um casal de freiras há muitos anos, e até hoje vive só. Apresenta problemas mentais, mas essa é outra historia. Ao chegar próximo ao ponto, procurei por possíveis ameaças, como gangues, usuários de drogas, entre outros... mas estava muito calmo, uma neblina e um silêncio perturbador. Desci no ponto e avancei três quadras. Parei no canto da rua, em um local escuro estratégico, já pensando que se alguma gangue( comum nos anos 90 ) aparecesse, eu poderia facilmente desviar o caminho, pois haviam postes de luz publica nesta quadra, e seria fácil de ver as possíveis ameaças. Foi então que de repente, ouvi um barulho de um galope, como se alguém cavalgasse um pônei. Nesse momento eu estava urinando, e somente fiquei esperando que o animal passasse pela esquina iluminada. Eu estava mais preocupado com que havia assustado ele, foi quando passou um animal grande, imagino uns 2 metros. Do meio do corpo pra baixo, era como um grande bode, somente duas patas. Da cintura pra cima, um ser humano musculoso, com músculos divididos, cabelo ruivo espetado pra cima, os braços vinham acompanhando o movimento do corpo, e os olhos brilhavam como dois LEDs vermelhos. Ele passou e apenas fez um movimento com a cabeça, sinalizando que havia percebido minha presença. Cortei a urina na hora e desci em um carreirão, só voltado 1 hora depois e na carreira. Contei pra muita gente e fui motivo de risadas por anos, até que em um churrasco, uma senhora de idade contou que havia visto a mesma figura nas imediações...