Monstros

5 Relatos sobrenaturais bizarros

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relatos sobrenaturais, histórias macabras, terror, medo, monstros, susto
Todo relato sobrenatural carrega em si o fator bizarro, mas alguns relatos, é claro, possuem alguns elementos que fogem do tradicional "vultos estranhos, portas batendo e vozes do além". Existiram seres e entidades vivendo em nosso meio, alheios à nossa percepção ou até transpondo as membranas dimensionais, provocando estranhos fenômenos os quais não se tem explicação plausível?
Conheça agora, 5 relatos que se enquadram nesse caso...



05.

As criaturas da neblina

Relato de Guilherme, de São Paulo
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O relato é um tanto longo, mas vale a pena lê-lo por inteiro. Tudo aconteceu em uma viagem de duas semanas que eu fiz com a minha família. Era inverno e nós tínhamos ido para uma casa que é dos meus avós, no interior de são Paulo. Fomos eu, um primo, meus pais, um tio e uma tia.

Não era uma casa muito grande, mas o terreno era enorme. Era uma casa embrenhada no meio do mato, só que lá não tinha nada para fazer. A cidade ficava longe e não tinha nenhuma casa na vizinhança. A única coisa que tinha era um riacho que dava para nadar (se você não ligasse para a água que estava gelada) e nem televisão tinha. A nossa maior diversão era uma bola de futebol.
 Eu e o meu primo estávamos com a mente bem ociosa, e o tempo que a gente não tava jogando bola, estávamos conversando besteira, e não demorou muito para as histórias de fantasma aparecerem.
Nós ficamos um tempão vendo quem ficava mais assustado. De noite, a gente pegava pesado nas histórias, mas depois de dois dias já não conseguíamos nos assustar mais.
Na metade da viajem ,os adultos já estavam de saco cheio de ficar lá parados o tempo todo também e resolveram sair para a cidade. Eu e o meu primo não estávamos com saco pra fazer turismo, então ficamos na casa mesmo.

Como éramos dois moleques de 16 e 17 anos, eles não viram problema nenhum em nos deixar sozinhos.
Quando anoiteceu, eles saíram e nós ficamos lá jogando baralho. O tempo foi passando e a temperatura abaixando e uma neblina forte baixou na região. A neblina estava tão forte que não dava pra ver nada que estivesse a vinte metros da casa. Eu fiz um comentário meio besta sobre a neblina do tipo: "É... é numa neblina dessa que o capeta aparece".
Pronto, o meu primo esqueceu do baralho foi pra janela e começou a me encher o saco:

— Eu duvido você ir lá fora!
— Ah cara, não enche, eu não vou sair nesse frio!

E a conversa foi mais ou menos essa pela próxima meia hora, ele me enchendo o saco para sair e eu com nem um pouco de vontade de sair lá fora. Até que ele falou:

— Cara, eu acho que vi algo lá fora!

Como isso era a coisa que ele mais falava desde que a gente começou a falar sobre fantasma, eu nem liguei, mas ele insistiu.

— Cara, é sério, eu vi alguma coisa lá fora!
— Meu, não enche, você tá falando isso faz quatro dias direto, porquê acha que eu vou acreditar agora?

E ai eu olhei pra cara dele, e ele estava com uma expressão meio confusa. Então eu falei:

— Que foi que você tá com essa cara de bunda?
— Eu to falando sério cara, eu vi alguma coisa lá fora!

Aí eu comecei a ficar com aquela sensação de que a coisa era mais séria do que parecia. A minha primeira reação foi sair correndo pela casa e trancar as portas e janelas. Quando eu tranquei a porta da cozinha, ele berrou da sala, falando que tinha visto de novo. Eu sai correndo e fui pra janela ver se via algo também.
Meu primo já estava meio assustado e tava explicando que tinha visto alguma coisa lá fora quatro vezes e tava apontando para onde tinha visto.
Só que não dava pra ver quase nada por causa da neblina, e a única luz que tinha lá fora, a da varanda, estava queimada. A gente ficou olhando pelas janelas da casa por mais uns dez minutos sem ver mais nada.
De repente, ele me solta um berro e eu saio correndo pra ver o que era, e encontro ele apontando desesperado lá pra fora.

— Ali! Ali! Eu to vendo agora! Olha lá!

Eu olho o que ele estava apontando e o que tem lá? EXATAMENTE! A BOLA!

— Ô sua besta, aquilo é a bola!
— Eu sei que é a bola, mas ela não tava lá! Ela rolou pra lá da neblina!

Ai eu comecei a pensar o que podia ser, e eu vi que a gente precisava se acalmar e pensar racionalmente um pouco. Eu falei pra ele:

— Olha, provavelmente deve ser algum bicho, cachorro, gato, porco do mato. Deve ser algum bicho que está brincando com a bola. Ele parou pensou um pouco e eu não sei se ele acreditou ou se ele quis acreditar.

— É mesmo, deve ser algum bicho, né?

No que nós dois aceitamos isso, a gente se acalmou um pouco e começamos a tirar sarro um do outro.

— É o demônio que tá lá fora, ele vai te pegar!
— É o saci Pererê que vai te puxar o pé hoje à noite!

E com isso a gente se acalmou bastante. Foi quando a eu lembrei da bola.

— Acho melhor a gente pegar a bola, se for algum cachorro, provavelmente vai sumir com ela e acabar com uma das únicas coisas que a gente tem pra fazer aqui.

Ele olhou pra mim com um sorriso que ia de orelha até orelha:

— Então vai lá pegar!

Eu olhei pra ele, olhei pra bola, olhei pra ele de novo, olhei a bola sozinha lá fora, olhei pela janela e não vi nada.

— Eu vou, você que é um bunda, fica aí choramingando na janela.

Eu abri a porta e sai. Fui andando até a bola, olhando pros lados na maior atenção. Só sentia aquele frio na espinha. Eu cheguei na bola, peguei ela e quando ia virar pra voltar, eu ouvi uma espécie de chiado. Quando eu olhei na direção do barulho, vi uma coisa que parecia estar abaixada, em quatro patas. Eu pensei "gato filho da p... Vai assustar a tua avó".
Quando eu ia virar pra ir embora, aquilo levantou e ficou em pé, nas duas "patas" de trás, olhou pra mim, se curvou um pouco como se fosse pular em cima de mim e soltou um gemido meio estranho. Eu taquei a bola com tudo naquilo e saí correndo o mais rápido que eu pude para a casa. No que eu estava na metade do caminho, eu comecei a ouvir aquilo correndo atrás de mim, e parecia que tinha mais dois, vindo pelo lado. Eu entrei correndo na casa sem olhar pra trás e bati a porta com tudo. De repente, eu ouço três batidas na porta, como se alguma coisa tivesse batido nela. Eu tranquei a porta e fui pro outro canto da sala. Eu olhei pro meu primo e falei:

— O que foi que bateu na porta? O que foi que bateu na porta?
— Sei lá cara, você se jogou pra dentro eu olhei pra você, não vi o que foi que bateu na porta. O que aconteceu?

Ele olhou pela janela, deu um berro e pulou pra longe da janela. No que ele fez isso, nós corremos pro quarto, trancamos a porta e ficamos longe da janela (que já estava fechada). Ele virou pra mim e falou:

— O que era aquilo?

Eu olhei pra cara dele e não conseguia falar. No resto da noite a gente ficou quieto. Ele não falou mais nada, e nem eu. Quando os adultos chegaram, a gente já estava dormindo. No dia seguinte, a gente não falou nada pra eles.
Quando eu saí, eu vi a bola murcha do outro lado da casa. Quando eu peguei ela, tava toda rasgada e tava fedendo muito. Tava com cheiro de carniça. Eu mostrei a bola pro meu primo, e ele perguntou o que tinha acontecido comigo lá fora, na noite anterior e eu falei. Então eu perguntei o que ele viu na janela depois que eu entrei.
Ele falou que lá fora tava meio escuro e não tinha dado pra ver nada direito, mas ele falou que viu duas coisas na frente da porta e uma já virando a esquina da casa, indo pra lateral. Das que tinham ficado na porta, uma tava tentando empurrar a porta e a outra olhou pra ele e mostrou os dentes.
Eram todos tortos, pareciam que estavam podres, e aquela coisa parecia um homem pequeno, mas com uma cabeça meio desproporcional ao corpo, um pouco maior, e era meio marrom.
Depois que ele viu o bicho, ele berrou e pulou pra longe da janela. Nós não falamos pra ninguém o que tinha acontecido, porque ninguém iria acreditar mesmo.

A bola, eu joguei no meio do mato depois, nunca mais vi ela. O resto da viagem, a gente não desgrudou dos nossos pais e sempre que começava a ficar escuro, a gente entrava. Depois que fomos embora, a gente nunca mais quis voltar pra lá. Nas outras noites, a gente não viu nada lá fora. Não sei o que era aquilo, mas será que eles aparecem só com a neblina?



04.

A cabeça do quintal

Relato de Ronaldo, de São Paulo
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Eu nunca falei nada para ninguém sobre aquele fato, porque eu tenho certeza de que ninguém acreditaria de tão fantástico que foi. Apenas agora eu "desabafei" através deste site.

Um dia como qualquer outro eu acordei de manhã cedo para trabalhar e fui preparar o café da manhã. Enquanto o pão era esquentado, a água para o café fervia e o leite das crianças esquentava, eu resolvi ir pegar o jornal. Eu fui até a porta da frente e o cachorro foi junto comigo. Então abri a porta, e ainda estava aquela penumbra da manhã, nem claro e nem escuro. Eu achei o jornal e fui pegá-lo como sempre faço.
No que eu estou chegando perto, eu vejo, no meio do meu quintal entre as plantas, uma cabeça.

Não, não podia ser uma cabeça. Eu achei que era o sono ainda, mas aí eu vi ela se mexer, ERA uma cabeça. Não de gente, nem de nenhum bicho que eu já vi. Parecia a cabeça de um macaco, mas toda preta e sem pelo nenhum. Era do tamanho de uma bola de futebol. Ela começou a virar para um lado e para o outro, como se tivesse estudando o terreno, vendo o que tinha em volta.
Eu achei que estava sonhando e que ainda estava na cama, mas eu não podia estar sonhando, pois sabia que não estava, tinha consciência daquilo. Eu realmente estava vendo uma cabecinha preta no meu quintal.

Então parece que o cachorro finalmente percebeu ela também e começou a latir. Aquela cabecinha olhou para nós e eu vi aqueles dois imensos olhos amarelos, que ocupavam quase todo o rosto dela. Ela abriu a boca como se estivesse rosnando e mostrou aqueles dentes marrons, e quando o cachorro chegou um pouco mais perto, ela simplesmente afundou no chão e sumiu.

Eu não acreditava no que tinha visto. Eu fui até a sala da casa, acendi a luz do quintal e voltei lá pra fora.
O cachorro estava feito louco procurando a cabeça. Eu fui até onde ela estava e não tinha nada lá, nenhum buraco, nenhuma depressão, nada.
Eu deixei aquilo de lado e voltei para a cozinha. Quando cheguei lá, a minha esposa já estava lá com as crianças. Então tomei o meu café da manhã e fui embora trabalhar, sem falar nada para ninguém sobre o que eu tinha visto no quintal.

Quando eu voltei do trabalho, o quintal estava uma bagunça só. Eu entro dentro de casa e o cachorro está preso lá dentro. Quando ele viu a porta abrindo saiu correndo para o quintal e começou a cavar.
Os meus filhos falaram que ele fez isso o dia inteiro, por isso que o quintal estava todo revirado e o cachorro estava preso dentro de casa.
Depois de três dias, o cachorro finalmente parou de cavar o quintal e nunca achou nada.

Eu não sei o que era aquela cabeça, mas eu sei que eu não imaginei aquilo, já que o meu cachorro ficou louco tentando achar ela também. Ele foi minha única testemunha daquele fato fantástico.
Tem momentos que eu fico imaginando o que poderia ser aquilo, mas não consigo chegar à nenhuma explicação lógica.

Será que era algo de outra dimensão?



03.

Círculos no chão do quarto

Relato de Alcides, de São Gonçalo - RJ
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Isso aconteceu algumas vezes comigo no meu quarto, e realmente me assustou muito. Um dia eu acordei de manhã para ir para a escola. Eu peguei o meu chinelo embaixo da cama, minha toalha atrás da porta e fui para o banheiro tomar banho. Devo ter ficado lá quase dez minutos. Quando eu volto para o meu quarto, eu quase caio duro. Todo o chão do meu quarto estava coberto de desenhos de circulo. Círculos pequenos, círculos grandes, círculos dentro de círculos. Eles tinham sido feitos com um pó marrom, que parecia serragem. Não tinha ordem nenhuma, pareciam ser aleatórios. Eu fui até o quarto do meu irmão para ver se ele tinha feito isso, mas ele estava dormindo ainda. Eu voltei para o meu quarto e os círculos ainda estavam lá. Eu pensei que talvez o meu irmão não estivesse realmente dormindo e que ele talvez quisesse aprontar uma comigo, mas como não queria chegar atrasado na escola, acabei de me arrumar e fui embora.

Quando voltei, tive que ouvir uma bronca da minha mãe, porque tinha sujado todo o meu quarto com aquele pó. Eu falei que não tinha feito aquilo e que eu achava que tinha sido o meu irmão, mas quando ele chegou do trabalho, ele jurou de pés juntos que não tinha feito nada. Apesar de um pouco assustado com o que aconteceu, eu deixei tudo de lado, ainda mais quando na manhã seguinte nada de estranho aconteceu.

Algumas semanas depois, eu levantei de manhã num sábado, eu tinha prometido pro meu pai que iria ajudar ele a fazer umas compras pro churrasco que a gente ia fazer de tarde. Eu fui tomar banho e do banheiro fui direto para a cozinha, tomar café da manhã. Quando eu fui para o meu quarto pegar o meu tênis para sair, eu vejo os círculos no chão de novo, mas dessa vez estavam mais ordenados, tinha um círculo grande quase no meio do quarto, com sete círculos menores em volta dele, e cada um desses com dois círculos menores dentro. E mais alguns espalhados pelo quarto, aleatoriamente (pelo menos pareciam estar sem ordem nenhuma). Eu perguntei para o meu pai se ele tinha ido para o meu quarto e ele falou que não. O meu irmão e a minha mãe ainda estavam dormindo. Eu chamei ele para o meu quarto para mostrar aquilo. Ele olhou para mim e perguntou por que eu tinha feito aquilo de novo. Eu falei que não tinha sido eu, que eu estava na cozinha com ele tomando café da manhã. Ele não acreditou muito e me mandou limpar aquilo antes da gente sair. Eu peguei o aspirador e tirei todo aquele pó, que parecia serragem do chão, achando que tinha sido o meu irmão mais velho de novo.

Um bom tempo se passou até que a coisa aconteceu de novo, mas dessa vez me assustou mesmo. Eu estava no meu quarto lendo umas revistas, quando bateu uma sede. Eu sai do quarto, fui até a cozinha que é quase do lado do meu quarto, peguei uma lata de refrigerante da geladeira e voltei para o meu quarto. Tudo isso não durou mais do que 20 segundos. Quando eu cheguei na porta eu derrubei a latinha no chão com o susto que eu levei. O chão do quarto estava de novo coberto de círculos, só que agora estava uma coisa muito mais detalhada. Tinha um círculo grande no meio do quarto, com um círculo quase do mesmo tamanho dentro dele. Entre esses dois círculos havia um monte de listras que pareciam símbolos. Dentro do círculo, haviam mais três círculos menores, cheios de símbolos também. Tinha umas retas passando por fora do círculo. Iam da parede até ele, mas não entravam nele. No total, eram cinco retas, duas paralelas, vindo de um lado, duas paralelas vindo de outro, lado formando um ângulo; e uma outra sozinha, oposta à essas quatro. Dentro dos dois pares de linhas paralelas, tinha mais um monte de círculos e símbolos. Tinha mais alguns círculos espalhados do lado de fora, mas estavam sempre à uma certa distância do círculo maior e pareciam seguir alguma ordem. E estava tudo desenhado com o mesmo pó marrom que parecia serragem bem fina.

Eu peguei o aspirador e limpei, antes que alguém visse aquilo tudo (o que eu realmente me arrependo de ter feito, eu queria que mais alguém tivesse visto aquilo). Eu não sabia de onde vinha aquele pó, não sabia como tudo era desenhado e depois dessa última vez, não sabia como tudo era desenhado tão rápido, já que os desenhos estavam tão complexos e os círculos eram perfeitos, assim como as retas, e eu não fiquei mais do que 20 segundo fora do meu quarto. Eu cheguei a contar essa história para um amigo ou outro meu, a maioria não acredita, mas teve um amigo meu que é católico fervoroso, e falou que queria me ajudar e resolveu fazer uma vigília no meu quarto, acendeu vela, e colocou um crucifixo lá. Desde então, não aconteceu de novo (essa última vez que os círculos apareceram, faz um pouco mais de três meses), o que realmente de alivia, já que eu não sei qual seria a próxima evolução daquelas formas.

Caso aconteça de novo (eu REALMENTE espero que isso NUNCA aconteça) eu me preparei para pelo menos tirar uma foto. Agora tem uma câmera no meu criado mudo, para fotografar, se eu precisar.



02.

Aparição na estrada do milharal

Relato de Paulo Bass, de São Luís - MA
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Essa história me foi contada por um amigo meu, chamado Antônio Catigeró, o qual chegou de viagem do interior do Maranhão. Ele me disse que estava em um carro de passeio modelo gol, viajando ele, sua esposa e um amigo seu.

Estavam já à um certo tempo viajando, até chegar o final da tarde, já virando para noite. Nessa etapa, ele passou por um posto de gasolina de beira de estrada e pediu informações sobre um determinado vilarejo que estava procurando, sendo que o rapaz do posto lhe indicou o caminho, e ele partiu naquela direção, apesar da muita insistência do seu amigo para ficarem no posto para pernoitarem, sendo que ele não atendeu ao apelo.

Então partiram, e passado algum tempo, já na escuridão da noite, eles começaram à passar por um caminho todo esburacado (o carro era todo rebaixado e o deslocamento era muito desconfortável). A estrada estava um breu louco, pois só se via a frente, (as laterais e a traseira, era tudo um breu só).
Então em um determinado ponto da estrada, em um milharal, (de um lado e de outro, era só milharal) o carro começou a falhar e não respondia aos comandos, então morreu. O motor não ligava, sendo que só funcionava a parte elétrica, como os faróis.

De repente, eles ouviram do lado de fora do carro, um tipo de um zumbido, como se fosse um aparelho de barbear, só que mais forte. Então eles começaram a olhar, procurando o que poderia estar fazendo aquele barulho, e foi quando eles observaram algo se mexendo no milharal, sendo que para a surpresa de todos eles, avistaram em seguida, um ser com aparência de uma esfinge egípcia, com o corpo dourado de um ser hominídeo, com rosto de esfinge, em pé, flutuando!
Esse ser parou em frente ao carro, e nesse momento, todos eles já estavam tremendo, tentando ligar o carro e ao mesmo tempo, paralisados diante daquela imagem extraordinária.

O ser virou o seu rosto em suas direções, deu uma encarada e depois virou-se para outra direção e saiu em alta velocidade para o milharal.
Quando a coisa saiu, o carro imediatamente começou a funcionar, e eles saíram em disparada em meio aos buracos da estrada, mas conseguiram sair dali.
Chegando na cidade mais próxima, eles comentaram o acontecido com algumas pessoas, descrevendo o que haviam visto, e as pessoas disseram à eles que naquele trecho da estrada tinha um índice muito grande de desaparecimentos de pessoas, as quais nunca mais eram encontradas, e ninguém sabia o que provocava esse fato.

Depois do ocorrido, ele ficou traumatizado, e evita a todo custo viajar à noite, seja para onde for.



01.

O monstro do lixão

Relato de Jaqueline Cristina, de São José dos Campos - SP
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Este evento ocorreu comigo lá pelo início dos anos 80, embora eu não me recorde exatamente que ano foi.
Creio que tenha sido entre 1983 e 1986; e devido ao tempo e ao medo, não tenho mais todos os detalhes na memória.
O que me faz relembrar, são os detalhes que minha mãe conta e eu faço um esforço, ainda mais para tentar separar as imagens reais das quais poderiam sofrer com alterações de minha imaginação.

Naquele tempo, minha bisavó ainda morava sozinha e tinha como companhia a empregada que pernoitava com ela. Porém, a alimentação dela era feita tanto por minha avó como por minha mãe, pois morávamos a alguns quarteirões (4 ou 5) de distância dela.
E em um entardecer, fomos minha mãe e eu encontrar com minha avó, que passou o dia lá. Recordo-me que era inverno, durante aqueles dias que escurecia cedo, e que apesar de cedo, acho que era por volta das 19:00, 19:30, mas com o frio, não tinha ninguém na rua. E para chegar à rua da casa da bisa, a gente descia um morro e do lado esquerdo tinha um terreno baldio, que pertencia à prefeitura. O terreno hoje ocupa um posto de saúde e uma creche, mas naquele tempo só juntava lixo e mato alto, tamanho o descaso.
Então, minha mãe e eu descemos de mãos dadas e vimos como de costume, um tanto de cachorros vadios que se alimentavam dos restos e viviam por lá mesmo.
Mas, à medida que nos aproximávamos, ouvíamos o alvoroço dos cães no meio dos montes de lixo. Até que, os cães que antes estavam avançando uns nos outros, saíram correndo em disparada, assustados, com os rabos abaixados e entre as pernas.

Minha mãe ficou esperta, para me proteger de algum cão que pudesse vir a avançar em nós, apertou a minha mão, e nós olhamos na direção do terreno.
Quando começamos a ouvir um barulho semelhante a um gemido, mas em tom bem grave, próximo a um urro, que aos poucos começava a aumentar de volume. De repente, começa a surgir uma coisa que parecia uma névoa branca, esfumaçada, mas compacta. Era uma coisa disforme comprida, quase da altura do poste de iluminação, que urrava cada vez mais forte e começou a balançar de um lado para outro. Aquilo foi crescendo e se arrastando!
Minha mãe apertou minha mão e gritou: ”Corre!” E saímos em disparada, até dobrarmos a esquina da casa e entrarmos esbaforidas, sem olhar para trás. Contamos para minha avó que ficou assustada, e nós ficamos lá até tarde. Bem depois da hora da bisa e da moça ir dormir, até que alguém (naquele tempo não tinha telefone fixo com a facilidade de hoje, e os celulares só surgiram nos anos 90, para quem não sabe) lá em casa desconfiasse e viesse nos buscar de carro como fez, acho que meu pai ou meu avô.

Mas na segurança do veículo, nós vimos que não tinha mais nada nas ruas. E é claro que se fosse hoje, eu teria filmado e fotografado pelo menos com a câmera do celular, mantendo uma distância relativamente segura da coisa. Não consigo imaginar algo que se parecesse com aquilo, que talvez lembrasse mal e porcamente, aquele idiota “defeito especial” do sofrível monstro de fumaça da série Lost. Mas a coisa era branca, disforme, e tinha uma matéria relativamente densa. Não tinha cheiro de lixo queimado, nem de nenhum tipo de fumaça que pudesse ser lixo queimando ou qualquer outra coisa parecida. Até mesmo que por acaso, como o ar seco de inverno e o material orgânico em decomposição entrasse em combustão espontânea, não justificaria o barulho dos grunhidos, nem do balanço, muito menos do arrastar pesado da coisa que parecia (eu digo parecia) com o personagem de George Lucas, o  "Jabba" de "Star Wars".
Mas naquela época eu nem era chegada em filmes para se dizer que eu estaria imaginando coisas.


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